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Embraer (EMBR3) salta com isenção das tarifas de Trump e Banco do Brasil (BBAS3) é a ação com pior desempenho; veja os destaques do Ibovespa na semana

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O Ibovespa recuou pressionado por bancos, reações aos balanços corporativos e escalada da aversão a risco em Wall Street (Imagem: REUTERS/Amanda Perobelli)

Em semana marcada por decisões de política monetária e desdobramentos do ‘tarifaço’ de Trump, os investidores operaram mais avessos a risco e o Ibovespa (IBOV) acumulou mais uma perda semanal.

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O principal índice da bolsa brasileira acumulou queda de 0,81% nos últimos cinco pregões e encerrou a sessão da sexta-feira (1º) no nível dos 132 mil pontos. 

Já o dólar à vista (USBRL)terminou a semana em R$ 5,5456 e teve desvalorização de 0,29% ante o real.

Por aqui, as tensões comerciais entre o Brasil e os Estados Unidos ganharam um ‘alívio’ na última quarta-feira (30). A Casa Branca confirmou a tarifa de 50% sobre os produtos brasileiros, mas adiou a data de vigência para 6 de agosto e incluiu quase 700 itens em uma lista de isenção.

Entre os itens isentos estão: celulose, metais de silício, ferro-gusa, aeronaves civis e suas peças e componentes, alumina de grau metalúrgico, minério de estanho, madeira, metais preciosos, energia e produtos energéticos e fertilizantes, além de produtos agrícolas como castanha-do-pará, suco e polpa de laranja.

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O governo ainda prepara um plano de contingência para as empresas afetadas pelo ‘tarifaço’. O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou que está aberto a firmar parcerias com governadores de Estados para mitigar os impactos do ‘tarifaço’, em entrevista a repórteres.

O chefe da pasta econômica ainda disse que as medidas de contingência não ficarão de fora da meta fiscal, contradizendo as declarações do vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), Geraldo Alckmin, ao longo da semana.

Ainda na quarta-feira (30), o Comitê de Política Monetária (Copom) manteve a Selic em 15,00% ao ano, no maior nível da taxa básica de juros desde meados de 2006. 

A decisão do colegiado foi unânime e em linha com o esperado por parte do mercado. Dessa vez, o colegiado do BC acrescentou que o cenário atual exige cautela na condução da política monetária, em meio à elevada incerteza, e sinalizou que deve manter a Selic no atual patamar na próxima reunião, em setembro.

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No exterior, o Comitê Federal do Mercado Aberto (Fomc, na sigla em inglês) do Federal Reserve manteve os juros inalterados na faixa de 4,25% a 4,50% pela quinta vez consecutiva, apesar das pressões de Trump para uma redução. A decisão, porém, não foi unânime: os membros do Fomc, Michelle Bowman e Christopher Waller voltaram a favor de um corte de 0,25 ponto percentual.

Os destaques da semana foram o relatório oficial de empregos e a escalada da tensão entre o presidente Donald Trump e o Fed.

O payroll apontou a criação de 73 mil vagas de emprego no mês passado, abaixo da expectativa de 100 mil postos. A taxa de desemprego subiu de 4,1% para 4,2%. O Departamento do Trabalho norte-americano também revisou o dado de junho de 147 mil para 14 mil vagas no mês e de maio, de 125 mil para 19 mil.

Após o relatório de emprego, a probabilidade de corte de 0,25 ponto percentual pelo Fed em setembro saltou para próximo a 90%, de acordo com a ferramenta de monitoramento FedWatch, do CME Group.

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Além disso, a diretora do Fed Adriana Kugler renunciou ao cargo na última sexta-feira (1º), com efeito a partir de 8 de agosto. Ela ocupava a posição desde 13 de setembro e enviou a carta de demissão ao Trump. Segundo o comunicado, Kugler retornará ao meio acadêmico na Universidade de Georgetown.

As tarifas ‘recíprocas’ também entraram em vigor no último dia útil da semana para  69 países parceiros comerciais com alíquotas que variam entre 10% e 41%.

Sobe e desce do Ibovespa

As ações da Embraer (EMBR3) ‘brilharam’ na liderança dos ganhos da semana, em reação positiva à isenção da tarifa adicional de 40% imposta pelos Estados Unidos. A fabricante de aeronaves continuou sujeita a uma tarifa de 10% a partir da última sexta-feira (1º).

Em análise, o Santander destacou que o decreto de Trump, que suspendeu a tarifa para quase 700 produtos, menciona o Acordo sobre Comércio de Aeronaves Civis da Organização Mundial do Comércio e que isso “leva a uma dúvida razoável sobre a permanência das tarifas recíprocas de 10% para aeronaves civis”.

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“Embora a empresa esteja exposta a uma tarifa de 10% sobre as exportações para os EUA, acreditamos que ela ainda está bem posicionada para continuar se beneficiando de sua ‘temporada de colheita’, pois continua apresentando um impulso operacional atraente”, escreveram os analistas Lucas Esteves, Lucas Barbosa e Victor Tani em relatório.

Confira a seguir as maiores altas do Ibovespa entre 28 de julho a 1º de agosto: 

CÓDIGONOMEVARIAÇÃO SEMANAL
EMBR3Embraer ON19,39%
POMO4Marcopolo ON5,71%
YDUQ3Yduqs ON5,00%
USIM5Usiminas PNA4,52%
TIMS3Tim ON4,23%
COGN3Cogna ON4,14%
WEGE3Weg ON3,28%
VIVT3Telefônica Brasil ON3,17%
DIRR3Direcional ON2,40%
UGPA3Ultrapar ON2,30%
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A ponta negativa semanal do Ibovespa foi puxada pelas ações do Banco do Brasil (BBAS3). Os papéis do banco caíram quase 7% após com tensão política entre Estados Unidos e o Brasil.

De acordo com a colunista Bela Megale, do jornal O Globo, Eduardo Bolsonaro teria pedido bloqueio total de bens do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes,  já enquadrado na Lei Magnitisky.

Ainda segundo o jornal, o governo Trump estaria examinando a possibilidade de aplicar sanções diretamente a instituições financeiras brasileiras.

Veja as maiores quedas na semana:

CÓDIGONOMEVARIAÇÃO SEMANAL
BBAS3Banco do Brasil ON-9,34%
CSNA3CSN ON-8,96%
ABEV3Ambev ON-8,76%
MRFG3Marfrig ON-7,91%
GGBR4Gerdau PN-6,58%
GOAU4Metalúrgica Gerdau PN-5,77%
RAIZ4Raízen ON-5,41%
RENT3Localiza ON-5,00%
BRAP4Bradespar PN-4,96%
BRKM5Braskem PN-4,76%

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