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O EWZ, um fundo de índice negociado na Bolsa dos EUA, que fechou em alta de 1,05%, caia 0,82% por volta das 19h34.(Imagem: REUTERS/Marco Bello)
Os mercados veem com cautela a prisão domiciliar do ex-presidente Jair Bolsonaro, decretada pelo ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Alexandre de Moraes nesta segunda-feira.
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De acordo com o magistrado, houve uma reincidência do ex-presidente em descumprir as ordens.
O magistrado citou, por exemplo, o fato de Bolsonaro ter participado em uma chamada de vídeo com o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ), seu filho, durante ato com manifestantes na praia de Copacabana, no Rio de Janeiro, no domingo.
Segundo analistas, o risco maior é que as tensões entre os Estados Unidos, com a chancela do presidente Donald Trump, aliado de Bolsonaro, e o Brasil aumentem.
Nas últimas semanas, os EUA aplicaram taxas de 50% aos produtos brasileiros, embora teve feito exceções a alguns produtos, o que ajudou a diminuir o risco.
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O EWZ, um fundo de índice negociado na Bolsa dos EUA, que fechou em alta de 1,05%, caia 0,97% no after-market (às 19h43), um indicativo de como o Ibovespa abrirá amanhã.
“Caso haja uma escalada nas tensões atuais, é possível que os investidores passem a embutir um prêmio maior nos ativos, refletindo o aumento do risco institucional”, diz o analista Rafael Passos, da Ajax Asset.
Segundo ele, isso já começou a acontecer ao longo do último mês.
Houve uma elevação de prêmios nos DIs, na Bolsa e em ativos de risco em geral, tanto pelas incertezas relacionadas às tarifas quanto pela percepção crescente de risco institucional, especialmente em razão do conflito entre o STF e o ex-presidente Bolsonaro.
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No mês de julho, a bolsa despencou 4%, enquanto houve uma saída líquida de R$ 6,27 bilhões em recursos externos, pior desempenho mensal desde abril de 2024, quando o saldo negativo foi de R$ 11,1 bilhões, segundo dados da Elos Ayta.
“Se houver uma reação mais forte, especialmente por parte dos Estados Unidos, a percepção de risco institucional pode, sim, se intensificar. Isso tende a pressionar o dólar para cima, elevar os prêmios nas curvas de juros futuras e impactar negativamente a Bolsa — em especial, ações de estatais e bancos”.
Em sua visão, há incertezas sobre como a situação envolvendo a Lei Magnitsky pode afetar o setor bancário, o que adiciona mais gordura nos prêmios de risco.
“No fim das contas, tudo vai depender do desenrolar desse embate. Ainda é cedo para fazer uma leitura definitiva, mas o cenário aponta para um possível aumento na percepção de risco institucional no Brasil”.
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