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Rumo (RAIL3) cai mais de 7% após balanço do 2T25: o que desagradou o mercado?

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Para os analistas, a Rumo reportou resultados mistos com destaque para a queda nas tarifas consolidadas; ações caem (Imagem: André Luiz/Money Times)

Mesmo após reverter o prejuízo em lucro líquido no segundo trimestre de 2025 (2T25), as ações da Rumo (RAIL3) operam entre as maiores quedas do Ibovespa nesta sexta-feira (8). 

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Por volta de 12h10 (horário de Brasília), RAIL3 recuava 7,.73%, a R$ 15,64, sendo a ação com o pior desempenho da carteira teórica do principal índice da bolsa brasileira. Na mínima intradia, os papéis atingiram queda de 7,96%. Acompanhe o Tempo Real. 

A transportadora ferroviária teve lucro líquido de R$ 333 milhões no 2T25, revertendo resultado negativo de R$ 1,74 bilhão um ano antes.

O Ebitda (lucro antes dos juros, impostos, depreciação e amortização) foi de R$1,88 bilhão, também revertendo desempenho negativo de R$264 milhões um ano antes. Os analistas, em média, esperavam R$ 2,26 bilhões no período, segundo dados da LSEG.

Em termos ajustados, o lucro líquido teve leve alta de 1,4%, a R$ 731 milhões, e o Ebitda avançou 6,4%, a R$ 2,28 bilhões.

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O que derruba as ações? 

Os analistas, em média, avaliaram o balanço de Rumo como “neutro”. 

O Itaú BBA chamou a atenção para a qualidade dos números. Isso porque, na visão dos analistas, o balanço não foi “particularmente empolgante”, já que os resultados foram impulsionados por uma compensação de R$ 70 milhões por lucros relacionados às inundações do 2T24 nas operações do Sul. 

Para a equipe liderada por Daniel Gasparete, o principal ponto negativo foi a queda de 2% das tarifas consolidadas na comparação com o mesmo período do ano passado. 

“Isso pode contribuir para uma reação negativa das ações e levantar preocupações sobre as tarifas ao longo do segundo semestre deste ano”, afirmou a equipe em relatório. 

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Já para a XP Investimentos, os resultados foram “mistos”, com surpresa positiva do desempenho dos custos e decepção das taxas (yields), especialmente na operação de grãos da Rede Norte — que caíram 2% na base anual, enquanto a expectativa da corretora era de crescimento de 3%. 

O Safra, por sua vez, observou que a alavancagem da Rumo aumentou na comparação trimestral, de 1,6 vez na relação dívida líquida/Ebitda no primeiro trimestre para 1,8 vez no 2T25.  Em termos de valores, a dívida líquida também aumentou R$ 1,6 bilhão em três meses. 

O BTG Pactual destacou que o desempenho recente das ações. Desde janeiro, RAIL3 acumula queda de quase 9%. 

“O desempenho desfavorável foi impulsionado por rendimentos ano a ano pouco satisfatórios, com o preço se destacando como o principal ponto negativo, resultando em uma receita líquida ligeiramente abaixo do esperado”, escreveram Lucas Marquiori, Fernanda Recchia e Samuel Alkmin em relatório. 

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“Embora a Rumo seja uma líder em logística de grãos no Brasil, a empresa enfrenta um momento de pressão no curto prazo”, acrescentaram. 

Segundo os analistas, os investidores agora passam a se concentrar na evolução dos rendimentos no segundo semestre, no progresso da safra de milho, na gestão do capex e em atualizações regulatórias para as Malhas Oeste e Sul.

É hora de comprar RAIL3? 

Apesar da leitura pouco otimista dos resultados, os bancos e corretoras reiteraram a recomendação de compra para as ações da Rumo. 

Um dos motivos é que RAIL3 “está barata”. Nas contas dos analistas do Safra, a empresa está negociando com uma taxa interna de retorno (TIR) real de 17,3%, 990 pontos-base acima dos títulos do governo atrelados à inflação (NTN-Bs 2035). 

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A Ágora Investimentos e Bradesco BBI também veem um potencial de destravamento de R$ 3,20 por ação com o início da operação do projeto Lucas do Rio Verde em 2026. 

Confira as recomendações que o Money Times teve acesso:

Banco/CorretoraRecomendaçãoPreço-alvoPotencial de valorização
Bradesco BBI/ÁgoraCompraR$ 26,0053,39%
BTG PactualCompraR$ 25,0047,49%
Itaú BBACompraR$ 25,0047,49%
SafraCompraR$ 31,7087,02%
XPCompraR$ 27,0059,29%

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