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O UBS BB revisou a recomendação de CBA após resultados ‘decepcionantes’ no primeiro semestre e expectativas sobre demanda de alumínio (Imagem: CBA/Divulgação)
O UBS BB rebaixou a recomendação das ações da Companhia Brasileira de Alumínio (CBA; ticker CBAV3) de compra para neutra nesta terça-feira (12), após a empresa frustrar as expectativas do banco.
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“Obviamente, estamos muito atrasados com esse rebaixamento”, escreveram os analistas Caio Greiner, Arthur Biscuola e Fernanda Sardinha em relatório.
A revisão negativa acontece após os resultados aquém do esperado no primeiro semestre deste ano e problemas operacionais na refinaria de alumina, que levaram a uma desempenho de cerca de 30% abaixo do consenso no segundo trimestre (2T25).
A estabilização é prevista apenas para o quarto trimestre (4T25) deste ano.
O banco também cortou o preço-alvo para CBAV3 de R$ 7 para R$ 4 nos próximos 12 meses — o que ainda representa um potencial de valorização de 15,3% sobre o preço de fechamento da última segunda-feira (11).
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Em reação ao rebaixamento, as ações encerraram o pregão de hoje com queda de 7,49%, a R$ 3,21, figurando entre as maiores quedas da B3 e a única com desempenho negativo no setor de mineração.
No ano, CBAV3 acumula desvalorização de 31,56%.
Expectativas frustradas
Em março, o UBS BB elevou a recomendação da CBA para compra, sendo a única com tal recomendação no setor de Metais e Mineração sob a cobertura do banco.
Na época, os analistas consideraram que o alumínio permaneceria mais resiliente do que outras commodities em meio às crescentes tensões comerciais e que a CBA estaria bem posicionada para se beneficiar de sólidos fundamentos de mercado, além de um rápido processo de desalavancagem como resultado.
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“Desde então, a empresa entregou um conjunto decepcionante de resultados do 1º semestre de 2025, os fundamentos da demanda no Brasil se deterioraram e a empresa enfrentou problemas operacionais em sua refinaria de alumina”, afirmaram.
Agora os analistas do banco também estão mais cautelosos com os fundamentos do alumínio no curto prazo, com a expectativa de uma potencial desaceleração da demanda no segundo semestre de 2025
A equipe avaliam que a demanda por alumínio primário tem sido misto e que o crescimento deve ser de cerca de 2,5% em 2024/25 deve ficar um abaixo da “tendência” de 3% a 4% esperada.
“Não esperamos uma forte recuperação da demanda, mas acreditamos que os mercados finais ‘tradicionais’ nos EUA/Europa se recuperarão e que a exposição a motores de eletrificação secular impulsionará um crescimento da demanda maior que 3% em 2026/27”, escreveram os analistas no relatório.
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Eles ainda veem que a perspectiva de crescimento da oferta é limitada.
Nas contas do UBS BB, a alavancagem da CBA deve subir para 4,2 vezes dívida líquida/Ebitda no final de 2025, ante a expectativa anterior de 1,9 vezes e o 2,8 vezes registrado no final de 2025.
O banco também cortou a projeção de Ebitda (lucro antes dos juros, impostos, depreciação e amortização) em 39% para R$ 908 milhões em 2025 e R$ 1,3 bilhão em 2026, devido a menores embarques de alumínio e custos mais altos.
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