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Primeiro, Donald Trump fez o anúncio de que faria um anúncio hoje, às 11h. Depois ele mesmo se antecipou e disse que os EUA fecharam um acordo tarifário com o Reino Unido — o primeiro desde que Trump deflagrou sua guerra comercial contra o resto do mundo, em 2 de abril.
“É uma honra que o Reino Unido seja o primeiro. Muitos outros acordos, que estão em estágios sérios de negociação, estão por vir”, escreveu o presidente norte-americano em suas redes sociais. Segundo Trump, o acordo é abrangente e completo e fortalecerá a relação dos dois países por anos.
O presidente dos Estados Unidos já havia afirmado que o intuito das taxas contra os demais países era iniciar negociações.
Em uma série de publicações na Truth Social, o republicano confirmou a parceria, afirmando que esta quinta-feira (8) é um “grande e animador dia” para ambos os países.
Trump também fez referência à coletiva de imprensa marcada para 11h (de Brasília), na qual o acordo será formalmente anunciado.
Um dos principais aliados de Washington no tabuleiro geopolítico, o Reino Unido mantém relação de déficit comercial com os EUA. O país foi um dos muitos parceiros a serem atingidos por uma taxa básica de importação de 10%.
Só para não perder o costume
Além disso, em suas redes sociais, o republicano comentou sobre a decisão de juros do Federal Reserve (Fed). Trump chamou o presidente do Banco Central (BC) norte-americano, Jerome Powell, de “tolo, que não tem nenhuma noção”, repetindo que ele está “muito atrasado”.
“Tirando isso, gosto muito dele! Petróleo e energia caíram muito, quase todos os custos (alimentos e ‘ovos’) caíram, virtualmente não temos inflação, dinheiro das tarifas está entrando nos EUA – o oposto do ‘atrasado demais'”, afirmou em publicação.
O presidente americano ainda alfinetou o governo anterior, culpando o ex-presidente Joe Biden pelos problemas de tráfego aéreo nos EUA. “Vou resolver isso!”, disse.
Além de um acordo com o Reino Unido, Trump deve iniciar negociações com a China. Porém, quem teve que pegar o telefone e discar os números aparentemente foi o próprio presidente dos EUA.
Um porta-voz da Embaixada da China em Washington afirmou nesta quinta-feira (8) que as negociações sobre as tarifas serão realizadas a pedido dos norte-americanos.
“Concordamos em abrir discussões após avaliar cuidadosamente as mensagens dos Estados Unidos”, disse o diplomata.
Segundo o porta-voz, os Estados Unidos devem “parar de fazer ameaças” e dialogar com a China “com igualdade e confiança”.
Os dois países vão iniciar discussões sobre um acordo comercial no sábado, em Genebra, na Suíça. Confira os bastidores do encontro aqui.
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