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Ele já convenceu um dos homens mais poderosos do mundo a fechar negócio, e isso com um pitch feito em três minutos. O empresário Ricardo Bellino, que trouxe a agência de modelos francesa Elite para o país, esteve com Donald Trump no início dos anos 2000 e convenceu-o a tornar-se seu sócio aqui no Brasil.
A ideia de Bellino era construir um megacondomínio com campo de golfe no interior paulista e também lançar um fundo de investimentos imobiliários.
No fim, nenhuma das duas iniciativas deu certo, mas a experiência rendeu ao empresário o título popular de “sócio de Trump no Brasil”, além de um livro em que narra como foi que tudo aconteceu (“3 Minutos com Donald Trump”, da Citadel Editora).
Agora, Bellino voltou à terra de Trump, mas com outro objetivo: marcar o lançamento de seu novo negócio, o Fundo 3 Minutos (3M) – segundo ele, o primeiro fundo de capital de tempo do Brasil.
O negócio é uma parceria com a Koinz Capital, uma rede de mais de 100 conselheiros e investidores focada em aportar capital intelectual em empresas em crescimento.
Como funciona esse fundo de tempo? Ele tem um valor inicial avaliado em US$ 10 milhões, segundo os sócios, composto por 1.000 horas de mentoria de Ricardo Bellino (avaliadas em US$ 5.000/hora) e US$ 5 milhões em capital intelectual e conselheiros estratégicos da Koinz Capital.
As startups e empresas interessadas não vão receber um cheque de investimento financeiro, mas, sim, tempo com Bellino e os membros da Koinz, que darão mentoria para os negócios e ajudarão com networking. Em troca, eles receberão uma participação minoritária nas empresas.
Detalhe: os pitches terão que ser feitos nos famosos três minutos.
“Foi muito inspirado na minha própria experiência com Donald Trump”, comenta Bellino, em entrevista ao Seu Dinheiro.

O modelo será semelhante ao que é feito no programa de TV Shark Tank, reality show norte-americano de empreendedorismo adaptado para vários países, inclusive o Brasil.
O Fundo 3M será o braço de inovação e aceleração de negócios do recém-lançado Bellino Dealmakers Investimentos, de Ricardo Bellino, em parceria com a plataforma EQI Investimentos.
Bellino conta que o fundo não tem uma tese específica e poderá trabalhar com empresas de diferentes perfis.
“Obviamente que as empresas de base tecnológica e disruptivas têm uma tendência, uma vocação maior. Mas empresas da economia real, que podem, por exemplo, estar atravessando dificuldades e que precisam de uma estratégia disruptiva, de pivotagem, também seria um mercado que eu gostaria de explorar”, afirmou.
Segundo ele, os “cheques” de tempo serão da ordem de US$ 150 mil a US$ 300 mil.
“Eu brinco que não é o cheque, é o choque. O cara que está procurando choque vai perceber valor aqui pelas credenciais de quem está envolvido do lado do investimento em tempo para acelerar os negócios. O cara que está só correndo atrás de cheque com aquela ilusão de que o negócio dele vale centenas de milhões no business plan, isso obviamente não nos interessa.”
Segundo os sócios, há a previsão de incluir também nos negócios co-investidores como Carol Paiffer (fundadora da Atom Educacional e participante do Shark Tank), João Kepler (investidor-anjo e fundador da Bossa Invest) e Ronaldo Pereira Jr. (ex-presidente da Óticas Carol e do Grupo Ri Happy).
“Botar tempo em um negócio é muito mais sério do que botar dinheiro em um negócio. Dinheiro você pode perder, tempo você não pode perder”, diz Bellino.
De acordo com o empresário, a previsão é terminar este ano com mais ou menos 30 empresas investidas.
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