Pular para o conteúdo

Bitcoin dispara em maio — de novo — e renda fixa ‘se vira nos 30’ para não fazer feio, com Tesouro IPCA+ de longo prazo à frente 

Continua após a publicidade



Mais um mês com a melhor rentabilidade dentre os principais investimentos acompanhados pelo Seu Dinheiro, o Bitcoin (BTC) vai poder pedir música no Fantástico. 

A maior criptomoeda do mundo repetiu o feito de abril ao registrar uma valorização de 11,5% em maio. 

O mês foi marcado pelas renovações de recordes do Bitcoin, que bateu os US$ 111 mil pela primeira vez no dia do aniversário da sua primeira transação — o Bitcoin Pizza Day. 

O otimismo dos últimos dias ganhou força com o avanço da Lei Genius, sobre stablecoins — que são criptomoedas com lastro em moedas fiduciárias — no Senado norte-americano.

  • E MAIS: Alta nas projeções para o IPCA em 2025 abre oportunidades para o investidor buscar retornos reais de 8,36% ao ano; confira recomendações

Além disso, empresas e gestoras voltaram a apresentar um apetite maior pelo Bitcoin e seus ETFs norte-americanos, o que reforçou o sentimento positivo e impulsionou as valorizações da criptomoeda. 

No ano, entretanto, a valorização do Bitcoin não é tão glamorosa: 3,74% de alta. 

Mas, se depender da visão otimista dos agentes de mercado ligados às moedas digitais, vai ter música no Fantástico de três em três meses. 

O clima de bull market se intensificou em maio. Nos mercados de opções, investidores abriram posições relevantes ao longo do mês, com calls — opções de compra — em US$ 110 mil, US$ 120 mil e até US$ 300 mil, todas com vencimento em 27 de junho.

Em nota divulgada no Bitcoin Pizza Day, Bernardo Srur, CEO da Associação Brasileira de Criptoeconomia (ABcripto), afirmou:

“Estamos vivendo um momento histórico para o mercado de criptoativos. Ver o Bitcoin ultrapassar os US$ 111 mil, atingir um valor de mercado de mais de US$ 2,17 trilhões e se tornar o quinto ativo mais valioso do mundo, à frente de empresas como a Amazon.”

Renda fixa corre atrás

O impulso de dois dígitos, entretanto, se limitou ao Bitcoin. 

Os demais ativos financeiros tiveram performances mais amenas, com a segunda posição do ranking mensal do Seu Dinheiro sendo ocupada pelo Tesouro IPCA+ 2050, ao registrar valorização de 3,36% no valor dos papéis ao longo de maio. 

Os títulos de inflação de longo prazo tiveram os melhores desempenhos dentre os títulos públicos. 

O Tesouro IPCA+ 2040 teve alta de 3,14% e o Tesouro IPCA+ com Juros Semestrais 2060 viu seus preços aumentarem 2,38%. 

Enquanto o título de vencimento curto, Tesouro IPCA+ 2029 não teve o mesmo desempenho, com uma alta limitada a 0,4%. 

Ao longo do mês, as taxas da curva de juros caíram, principalmente nas curvas mais longas, impulsionando o preço dos títulos de renda fixa. Taxas e preços têm correlação negativa, de modo que, quando as taxas caem, os preços sobem, e o inverso também é verdadeiro. 

Mudanças na regulamentação de títulos isentos (LCIs, LCAs, CRIs e CRAs) também mexeram com as taxas no mercado de renda fixa. 

Veja a seguir o ranking completo dos piores e melhores investimentos de maio:

InvestimentoRentabilidade no mêsRentabilidade no ano
Bitcoin11,79%3,93%
Tesouro IPCA+ 20503,36%
Tesouro IPCA+ 20403,14%
Tesouro IPCA+ com Juros Semestrais 20602,38%
Ibovespa1,45%13,92%
Índice de Debêntures Anbima Geral (IDA – Geral)*1,45%7,87%
IFIX1,44%11,09%
Tesouro Selic 20281,14%
CDI*1,14%5,25%
Tesouro Selic 20311,11%
Tesouro Prefixado 20320,98%
Tesouro Prefixado com Juros Semestrais 20350,95%9,76%
Dólar PTAX0,86%-7,80%
Dólar à vista0,76%-7,45%
Poupança antiga**0,67%3,22%
Poupança nova**0,67%3,22%
Tesouro Prefixado 20280,62%
Ouro (GOLD11)0,56%16,70%
Tesouro IPCA+ 20290,40%6,99%
Tesouro IPCA+ com Juros Semestrais 2045-1,21%
Tesouro IPCA+ com Juros Semestrais 2035-1,72%3,95%
(*) Até dia 29/05.
(**) Poupança com aniversário no dia 28.
Todos os desempenhos estão cotados em real. A rentabilidade dos títulos públicos considera o preço de compra na manhã da data inicial e o preço de venda na manhã da data final, conforme cálculo do Tesouro Direto.
Fontes: Banco Central, Anbima, Tesouro Direto, Broadcast e Coinbase, Inc..

Dólar e Ibovespa

As coisas iam bem para o real e o Ibovespa ao longo de maio. O principal índice de ações chegou a romper barreiras e bater a máxima histórica nominal de 140 mil pontos, com o dólar negociando na faixa dos R$ 5,60. 

Porém, o caldo entornou quando o governo federal anunciou o aumento das alíquotas de IOF. 

A decisão não era esperada e foi entendida como um problema para o ambiente de negócios do país devido ao encarecimento do crédito e aumento da insegurança jurídica por mexer com regulamentações. 

Com isso, a bolsa devolveu os ganhos, e o dólar ganhou um pouco de espaço frente ao real. 

Depois de dois meses na lanterna, dólar à vista (cotação de mercado) e dólar PTAX (cotação do Banco Central) registraram ganhos de 0,76% e 0,86%, respectivamente, fechando a R$ 5,72 na cotação de mercado e a R$ R$ 5,71 na cotação do Banco Central. 

Enquanto o Ibovespa fechou na casa dos 137.026,62 pontos, com alta de 1,45% no mês. 

Veja as maiores altas do Ibovespa em maio

EmpresaCódigoDesempenho no mês
Azzas 2154AZZA338,66%
Lojas RennerLREN324,30%
HapvidaHAPV323,28%
AssaíASAI322,42%
PetroRecôncavoRECV318,76%
Fonte: B3/Broadcast

E as maiores quedas do Ibovespa em maio

EmpresaCódigoDesempenho no mês
AzulAZUL4-38,78%
Pão de AçúcarPCAR3-28,84%
RD SaúdeRADL3-25,15%
Banco do BrasilBBAS3-19,05%
MinervaBEEF3-14,72%
Fonte: B3/Broadcast

Acesso todas as Notícias

Continua após a publicidade



Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *