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A Vamos (VAMO3) está barata demais? Por que Itaú BBA ignora o pessimismo do mercado e prevê 50% de valorização nas ações

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Os analistas do Itaú BBA participaram de um almoço com a diretoria da Vamos e a sobremesa ficou para o pós-evento: a empresa conseguiu passar uma visão construtiva para os próximos meses e o banco reiterou a visão positiva sobre as ações VAMO3.

Em relatório, Daniel Gasparete destaca que, apesar de esperar um segundo trimestre mais  fraco para a Vamos, com um lucro líquido projetado de R$ 90 milhões, o período poderá marcar um ponto de inflexão para os ganhos da companhia. 

O banco projeta uma expansão de 65% no lucro líquido em 2026, atingindo R$ 763 milhões, com potencial de alta caso as condições macroeconômicas melhorem.

Com essa projeção, as ações VAMO3 passariam a ser negociadas a 6,6 vezes o preço sobre lucro do próximo ano, uma avaliação considerada “muito barata” para ser ignorada pelos investidores. 

Para 2025, o Itaú BBA estima um lucro líquido de R$ 459 milhões, que está na faixa inferior do guidance da própria Vamos — atualmente entre R$ 450 milhões e R$ 550 milhões.

Vale a pena investir na Vamos? 

Diante deste cenário, o Itaú BBA atualizou suas estimativas para o preço-alvo da Vamos e manteve a recomendação de “outperform” — equivalente a compra. 

“ACUSAÇÕES SÉRIAS DEMAIS”

O novo preço-alvo para VAMO3 é de R$ 7,00 até o final de 2025, o que representa um potencial de valorização de 49,6% em relação ao preço de fechamento das ações na véspera, de R$ 4,68.

A visão do banco, entretanto, não é a compartilhada pelo mercado. 

As ações da Vamos estão estáveis no acumulado do ano, mas contrastam com a alta de 15% do Ibovespa e o desempenho de 30% a 50% menor do que o de seus pares sensíveis à taxa de juros. 

Além disso, a empresa figura entre os cinco nomes mais “shorteados” — com posições vendidas — do mercado de ações, segundo o relatório do próprio Itaú.

A tese de investimento do Itaú BBA 

Segundo o banco, Gustavo Couto, CEO da Vamos, transmitiu uma mensagem positiva do evento, focada na melhora da utilização de ativos e na redução da alavancagem. 

A expectativa é que o uso do estoque de veículos retorne aos níveis de 90% até o final do ano, em comparação com os 85% atuais, impulsionada pela aceleração do programa Sempre Novo e pela venda de ativos. 

Isso deve elevar o ROIC (retorno sobre o capital investido) em aproximadamente 100 pontos-base, para 16%.

A demanda por locação de novos ativos permanece saudável, segundo o relatório, já que a alternativa de compra se tornou mais cara para os clientes. A Vamos fez o dever de casa e agora compra ativos apenas com contratos de venda já assinados, maximizando a eficiência. 

Além disso, as vendas de seminovos (caminhões usados) estão em um ritmo recorde, com um crescimento de 81% no primeiro trimestre de 2025, superando o guidance da companhia para o ano — que implica 70% de crescimento. 

De modo geral, o relatório diz que a gestão expressou confiança em atingir o guidance de 2025 para lucro líquido e capex (investimento) líquido. 

Para 2026, o CEO prevê uma Vamos em condição mais saudável, com melhora nas margens e potencial para acelerar o crescimento com pouca mudança no capex.

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