Se existe uma indústria em que o dinheiro parece correr solto, é a dos esportes de elite. Há tempos o mundo já se acostumou com os salários milionários dos jogadores. Além disso, as maiores marcas de luxo querem se associar aos times e equipes de maior prestígio. Para citar um exemplo bem recente: na semana passada, a Louis Vuitton anunciou que seria a responsável por vestir o Real Madrid em todos os compromissos não-esportivos.
Para os brasileiros, principalmente, esta exuberância se traduz principalmente no futebol. Mas não foi o esporte de Pelé e Neymar que deu origem à negociação bilionária desta quarta-feira (18).
Aconteceu no basquete — mais especificamente na liga de basquete profissional dos Estados Unidos, a NBA — que o mundo do esporte fez história ontem.
Isso porque o Los Angeles Lakers foi vendido pela exorbitante cifra de US$ 10 bilhões, a maior negociação da história do mercado esportivo.
A venda torna o time de LA o mais valioso da liga e do esporte profissional. Anteriormente, esse título era do rival Boston Celtics, que foi vendido por US$ 6,1 bilhões no início deste ano.
Agora, o time passa a ser propriedade de Mark Walter, investidor e CEO da Guggenheim Partners. O empresário já detinha uma participação minoritária, de 27%, desde 2021.
Além disso, ele também é um dos proprietários do Los Angeles Dodgers, da liga profissional de baseball dos EUA. Ele também é coproprietário do Chelsea, da Premier League inglesa, do Los Angeles Sparks, da WNBA (liga feminina da NBA), e da recém-formada equipe de Fórmula 1 Cadillac.
Os Lakers ficaram durante quase 50 anos sob controle da família Buss, que os transformou em uma das equipes mais populares do esporte mundial, ganhando cinco títulos da NBA durante a icônica era “Showtime” na década de 1980.
Quer fazer dinheiro? Vá para um estádio
Em um contexto no qual entretenimento é atenção e atenção é o “ativo” mais escasso, o mundo do esporte tem se provado uma verdadeira máquina de dinheiro.
Não é só nas transações de jogadores e nos ingressos — às vezes, milionários — para ver os jogos. Toda a economia esportiva está aquecida, desde os naming rights de estádios e arenas, passando pelos uniformes dos times até os patrocínios de casas de apostas.
Para tocar no Super Bowl, o maior evento esportivo dos Estados Unidos, o rapper Kendrick Lamar recebeu uma taxa quase simbólica definida pelo sindicato, que é em torno de US$ 1 mil por dia, contando ensaio e performance.
O verdadeiro cachê foi a atenção midiática e o reconhecimento praticamente incomparável. Para se ter uma noção, a música “Not Like Us”, que foi o grande clímax da performance, teve 430% mais streamings no Spotify depois do dia 9 de fevereiro, data do megaevento.
Ou seja, não é totalmente irracional o fato de que alguns times valem mais — bem mais — que empresas e grandes corporações.
* Com informações do Estadão Conteúdo e do Money Times.
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