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A Gol (GOLL54) encerrou o capítulo da recuperação judicial nos EUA em junho deste ano, mas o processo deixou rastros, que podem ser vistos no desempenho financeiro da companhia aérea referente ao mês de maio.
No período, a Gol registrou prejuízo líquido de R$ 1,42 bilhão, segundo relatório operacional mensal enviado ao tribunal de falências norte-americano, divulgado na terça-feira (1).
Os números também indicam que, mesmo encerrando o mês com caixa total de R$ 1,87 bilhão, a Gol ainda possui uma dívida líquida que soma R$ 30,7 bilhões, considerando empréstimos, arrendamentos e os financiamentos obtidos no modelo DIP (debtor-in-possession), característico de empresas em reestruturação.
A companhia apontou como principais fatores para o prejuízo a variação cambial negativa de R$ 271 milhões e um ajuste a mercado de R$ 588 milhões referente aos títulos de dívida emitidos.
O ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) da Gol foi negativo em R$ 650 milhões, com margem de -42%, de acordo com o relatório.
O documento também mostra R$ 2,2 bilhões em contas a receber, e reflete os resultados consolidados de todas as subsidiárias envolvidas no processo de reestruturação.
Apesar do encerramento do Chapter 11, a Gol segue obrigada a enviar atualizações mensais ao tribunal até concluir todas as etapas legais previstas no plano de recuperação.
Por que nem o fim da recuperação judicial da Gol convence o BTG Pactual?
Enquanto os acionistas da Gol tiram as máscaras de oxigênio depois da forte turbulência que foi a recuperação judicial nos EUA, os cintos ainda precisam estar bem afivelados, na visão do BTG Pactual.
O banco recomenda a venda das ações, mesmo depois que a companhia deixou o Chapter 11.
“Após a reestruturação, a alavancagem da companhia continuará elevada, em 5,4x, e a Abra passará a deter 80% da Gol”, escrevem os analistas do banco em relatório.
A Gol obteve US$ 1,9 bilhão em financiamento de saída durante o processo de reestruturação supervisionado pelo tribunal e quitou o financiamento DIP — um capital que serve para a empresa manter suas atividades durante o processo.
Assim, ela sai da reestruturação com US$ 900 milhões em liquidez.
*Com informações do Money Times
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