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Como a volta do Oasis aos palcos pode levar a Ticketmaster a uma disputa judicial

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Foi exatamente no Reino Unido, em um festival em Stafford, que Noel e Liam Gallagher se apresentaram juntos pela última vez, em 22 de agosto de 2009. Em meio a tretas homéricas entre os dois irmãos, o Oasis decidiu, então, que era hora de dar tchau. 

Mas não foi um adeus. Eis que agora, quase 16 anos depois, a banda britânica de rock está prestes a voltar aos palcos, para alegria de milhões de fãs conquistados nos anos 1990 e começo dos 2000. 

E começando na terra natal. Na próxima sexta-feira (4), o grupo deve se apresentar (nunca se sabe, quando se trata dos Gallagher) em Cardiff, no País de Gales. 

Enquanto milhares de fãs aguardam ansiosos pelo retorno, alguns deles podem estar um pouco frustrados (talvez irados) com a forma como aconteceu a venda de 900 mil ingressos no país pela Ticketmaster, em agosto do ano passado. Só que o órgão regulador da concorrência no país, a Competition and Markets Authority (CMA), não parece disposto a passar pano para a companhia.

Nesta quarta-feira (2), a dois dias do primeiro show de revival, a CMA divulgou que pode entrar com uma ação judicial contra a Ticketmaster. 

Entenda a treta

Em março, o órgão divulgou preocupações de que a Ticketmaster possa ter enganado os fãs e desrespeitado as leis de proteção ao consumidor no país.

Segundo a CMA, a Ticketmaster teria rotulador alguns assentos comuns como Platinum e os vendido por £350, em vez de £150, apesar de estarem na mesma área do estádio que ingressos equivalentes sem benefícios extras. 

A CMA também afirmou que os fãs não foram informados sobre as duas categorias de ingressos na pista, com os mais baratos sendo vendidos primeiro, antes dos mais caros.

Segundo o órgão, não foram encontradas evidências da utilização de um modelo de “preço dinâmico” durante a venda dos ingressos. 

Em resposta, segundo o jornal The Guardian, a Ticketmaster afirmou ter feito alterações em “alguns aspectos” do seu processo de venda de ingressos. No entanto, a CMA disse que elas não eram suficientes para atender às suas preocupações.

Em carta ao comitê de seleção de negócios e comércio – que vem investigando preços de ingressos, concorrência e proteção ao consumidor –, a CMA informou ter recebido uma resposta da Ticketmaster neste mês. 

“A Ticketmaster se recusou a fornecer compromissos nos termos solicitados pela CMA ou a indicar se existe algum tipo de compromisso que estaria disposta a oferecer”, disse o órgão, segundo o jornal. 

“A CMA escreveu à Ticketmaster para confirmar que cumpriu sua obrigação de consultá-la e, dado que nenhum compromisso foi oferecido ou acordado, está se preparando para litigar o assunto, se necessário”, afirmou o órgão na carta.

Agora, resta aguardar para ver a volta do Oasis e onde vai dar essa disputa judicial.

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