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Ibovespa faz história e sobe aos 141 mil pontos pela primeira vez na esteira dos recordes em Nova York; saiba o que mexe com a bolsa

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O apetite pelo risco voltou a dar as caras na bolsa brasileira, fazendo com que o Ibovespa atingisse na manhã desta quinta-feira (3) a marca dos 141 mil pontos pela primeira vez na história. O avanço acontece na esteira de recordes em Wall Street depois da divulgação do payroll.

O principal relatório de emprego nos EUA mostrou que a economia norte-americana segue forte depois de criar 147 mil vagas em junho — acima da projeção da Dow Jones de 110 mil vagas e da previsão revisada para cima de 144.000 vagas em maio. A taxa de desemprego, por sua vez, caiu para 4,1%, enquanto os economistas projetavam um aumento para 4,3%.

Por volta de 11h55, o Ibovespa subia 1,11%, aos 140.591,75 pontos. Na máxima da sessão, logo após a divulgação do payroll, o principal índice da bolsa brasileira chegou aos 141.116,95 pontos.

No mercado de câmbio, o dólar à vista segue em trajetória de queda, operando cotado a R$ 5,4108 (-0,17%). 

Em Nova York, o S&P 500 e o Nasdaq renovaram máximas intradia. Agora os índices sobem 0,70% e 0,88%, respectivamente, enquanto o Dow Jones avança 0,69%.

Vale lembrar que o pregão de hoje em Wall Street será mais curto, com o fechamento previsto para às 13h (horário do leste dos EUA). Amanhã os mercados norte-americanos estarão fechados devido ao feriado do Dia da Independência.

Os três principais índices dos EUA estão a caminho de fechar a semana em território positivo. O S&P 500 e o Nasdaq acumulam alta de 1,5% e 1,3% na semana até o momento, respectivamente, enquanto o Dow Jones acumula alta de 2,1% no período.

A bolsa e os juros nos EUA

A força do payroll de junho emite um sinal de que o Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano) não precisa ter pressa para cortar os juros, atualmente na faixa entre 4,25% e 4,50% ao ano. O comitê de política monetária (Fomc, na sigla em inglês) volta a se reunir no fim deste mês. 

Os recordes da bolsa, no entanto, são patrocinados pelo alívio dos investidores com relação à saúde da economia norte-americana. 

O payroll foi divulgado um dia após a ADP apresentar dados mostrando que o emprego no setor privado caiu em 33.000 no mês passado, levantando temores de que talvez a economia dos EUA estivesse começando a cambalear sob o peso das políticas de Donald Trump. 

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Para André Valério, economista sênior do Inter, o resultado do payroll é mais uma evidência de que o Fed não deverá cortar a taxa de juros na próxima reunião de julho, independente da leitura de inflação a ser divulgada no próximo dia 15. 

“O mercado de trabalho continua robusto, em um ambiente de difícil contratação, mas de difícil demissão, também. Os números de seguro-desemprego, por exemplo, continuam em patamar historicamente associado a um mercado de trabalho saudável, sem sinais de demissões generalizadas pela economia”, afirma.

Segundo ele, até o momento, não há sinais de impacto das tarifas comerciais sobre a economia norte-americana, “mas ainda não se pode eliminar a hipótese de que esse impacto aparecerá nos próximos meses”.

O megaprojeto tributário de Trump

Enquanto os investidores celebram os dados de emprego de junho, levando a bolsa a recordes, eles também seguem de olho em Washington

Isso porque ainda tramita no Congresso norte-americano o megaprojeto de lei tributária de Trump, que finalmente foi aprovado pelo Senado na terça-feira e, desde então, retornou à Câmara. 

O projeto agora segue para votação final, após a Câmara, controlada pelos republicanos, ter apresentado a legislação nesta quinta-feira.

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