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Ibovespa vale a pena, mas vá com calma: por que o UBS recomenda aumento de posição gradual em ações brasileiras

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O Ibovespa foi o campeão entre os  investimentos do primeiro semestre ao registrar uma valorização de 15,44% no acumulado de seis meses — a maior para o período desde 2016. E há espaço para mais, de acordo com o suíço UBS Wealth Management. 

Em relatório desta quinta-feira (3), o banco afirma que a bolsa brasileira ainda pode ir além, mas  a recomendação para as ações é neutra. 

A instituição afirma que a recuperação do Ibovespa reflete a combinação de fundamentos sólidos, precificação descontada e o apetite dos investidores internacionais. 

Porém, os riscos fiscais continuam no radar, e o alto custo de oportunidade oferecido pela renda fixa também é um limitante para os ganhos com a renda variável.

Estrangeiros sustentam Ibovespa

“Um dos principais impulsionadores da alta tem sido o retorno dos fundos globais a um mercado que continua com valuations atrativos”, diz o relatório do UBS.

O fluxo estrangeiro em direção à bolsa brasileira em 2025 tem sido robusto, atingindo R$ 26,5 bilhões no primeiro semestre do ano — o maior volume desde 2022. 

CHEGOU A HORA DE DAR TCHAU

Além disso, o documento destaca que os fundos de mercados emergentes estão com a maior exposição ao Brasil em 20 anos, enquanto fundos globais migraram de uma postura abaixo da média para neutra ou levemente acima.

A projeção de crescimento dos lucros do índice MSCI Brasil em 2026 é de 8,8%, apoiada pela demanda doméstica resiliente, câmbio mais forte e gestão disciplinada de custos das empresas. 

“Os valuations seguem atrativos, com o Ibovespa negociando a 7,6 vezes o lucro projetado, um desconto de 24% em relação à média de 10 anos”, destacam os especialistas em relatório.

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Questões fiscais e políticas 

Apesar de toda a argumentação positiva, o UBS Wealth Management mantém uma recomendação neutra para as ações brasileiras

O risco fiscal é o maior detrator da tese do Ibovespa. O banco avalia que o cenário é incerto na disputa pelas contas públicas. 

Tanto que, um dos fatores de otimismo é a expectativa de mudança no governo federal em 2026, que já tem sido precificado pelos mercados.

Ainda assim, o relatório indica que investidores com baixa exposição em bolsa deveriam começar a montar uma posição gradualmente, especialmente com a expectativa de corte de juros nos Estados Unidos e maior clareza política no segundo semestre.

“Sugerimos entrar gradualmente em ações. O cenário continua incerto, mas as perspectivas para 2026 são construtivas”, afirma o UBS Wealth Management.

*Com informações do Money Times.

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