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Em meio ao imbróglio com o FII TRBL11, Correios firmam acordo de locação com o Bresco Logística (BRCO11); entenda como fica a operação da agência

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Após subir o tom com o fundo imobiliário Tellus Rio Bravo Renda Logística (TRBL11) e rescindir unilateralmente o contrato de locação de um galpão localizado em Contagem (MG), os Correios já estão com um novo endereço na região.

O FII Bresco Logística (BRCO11) anunciou que a agência é a nova locatária do imóvel Bresco Contagem, localizado na avenida Wilson Tavares Ribeiro, em Minas Gerais.

Os Correios vão ocupar 15.605 metros quadrados do ativo, o que equivale a 23% da área bruta locável (ABL) do galpão. Já em relação a ABL do FII, representa 3,4%.

Até então, o espaço era alugado pela Americanas, porém a varejista anunciou o fim antecipado do contrato, em novembro do ano passado.

A previsão era que a Americanas saísse do imóvel apenas em agosto de 2025. No entanto, com o novo contrato do BRCO11 com os Correios, a varejista concordou com a desocupação antecipada.

Assim, a partir desta segunda-feira (7), a agência já passa a ser a nova inquilina do FII. O galpão Bresco Contagem conta ainda com a locação de parte do imóvel para a Magazine Luiza e a Bunzl.

Um novo locatário para o BRCO11

O novo contrato com os Correios tem previsão de vigência de cinco anos. O valor de locação representa aproximadamente R$ 0,03 por cota e conta com um aumento de 29,4% em relação à locação anterior.

O acordo também define que o BRCO11 vai realizar obras de adequação no galpão. Porém, enquanto as reformas forem realizadas, os Correios já estarão ocupando e operando no imóvel.

Em caso de rescisão antecipada do contrato, a agência terá que cumprir um prazo de aviso-prévio de seis meses e efetuar o pagamento de indenização. A multa equivale a 12 vezes o valor do aluguel vigente, proporcional ao tempo remanescente do contrato, reajustado pelo IPCA.

Enquanto os Correios ganham um novo endereço, a agência ainda lida com uma queda de braço com o FII Tellus Rio Bravo Renda Logística (TRBL11), que vem se arrastando desde outubro do ano passado.

O impasse entre o FII e os Correios teve início com a identificação de problemas no galpão localizado em Contagem (MG). Após identificar danos no imóvel, a estatal suspendeu as atividades no local.

Segundo a companhia, o TRBL11 foi informado dos danos na estrutura do empreendimento.

Alguns dias depois, a Defesa Civil determinou a interdição parcial do imóvel e o monitoramento contínuo do centro logístico. Porém, após nova vistoria, o órgão determinou a interdição total do ativo.

Já em dezembro, o TRBL11 anunciou a liberação do imóvel. Na época, o galpão passou por intervenções realizadas pelo fundo e por uma vistoria da Defesa Civil, do Corpo de Bombeiros e das demais Secretarias do município.

Mesmo com a liberação, os Correios não retomaram as operações no empreendimento. Já em março deste ano, o imbróglio ganhou maiores proporções, quando a companhia decidiu rescindir unilateralmente o contrato de locação do imóvel.

Ainda assim, não foi uma grande surpresa para o mercado. A estatal havia aberto um processo administrativo para a rescisão ainda em dezembro. 

Com a decisão, os Correios estabeleceram um prazo para a desocupação do imóvel, que deverá ser realizada até 18 de agosto. 

No entanto, segundo o relatório gerencial do TRBL11 de maio deste ano, a agência informou que vai permanecer no imóvel durante o período, mas sem efetuar o pagamento dos aluguéis.

A gestora do FII, a Rio Bravo, afirmou no documento que a decisão “está sendo tratada como inadimplência e objeto de cobrança administrativa pelo fundo”.

Além disso, disse que a defesa judicial está sendo estruturada, com laudos periciais em fase final. Segundo a Rio Bravo, o ingresso de uma ação judicial, com base na cobrança da multa rescisória, será realizada em “momento oportuno”. 

Já em relação à operação do galpão, a gestora do TRBL11 afirmou que já está analisando as opções de locação do imóvel e que acredita na rápida recolocação do espaço no mercado.

O Seu Dinheiro entrou em contato com a Rio Bravo e os Correios. No entanto, até a publicação desta matéria, não houve retorno.

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