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As tarifas de importação impostas pelo presidente norte-americano, Donald Trump, entrarão sim em vigor em 1 de agosto, assegurou, neste domingo (13), o diretor do Conselho Econômico Nacional dos Estados Unidos, Kevin Hassett. Mas, para o UBS Global Wealth Management (UBS WM), “é improvável” que a taxação de 50% aos produtos brasileiros se torne permanente.
Para os estrategistas do banco, ainda não está claro o fundamento por trás da taxação. “Achamos que seria difícil justificar o uso da Lei Internacional de Poderes Econômicos de Emergência (IEPA, na sigla em inglês), dado o superávit comercial com o Brasil”, escreveram em relatório.
Eles ainda afirmam que as Seções 232 e 301 da Lei de Expansão Comercial de 1962 estão disponíveis para o presidente dos EUA, “mas exigiriam uma investigação inicial e teriam que ser baseadas em uma queixa relacionada ao comércio”.
A equipe do UBS WM ainda cita que o Brasil não estava na lista inicial de parceiros comerciais quando Trump anunciou as tarifas “recíprocas” no “Dia da Libertação” em abril, já que os EUA têm um superávit comercial com o país.
Tanto que, num primeiro momento, a tarifa sobre os produtos brasileiros foi de apenas 10%, então a alíquota mínima. A taxação atual de 50% é a maior anunciada até agora, dentre as que entrarão em vigor em agosto.
Impacto de tarifa na economia brasileira deve ser limitado
Os estrategistas do UBS WM veem um impacto “modesto” e “gerenciável” da tarifa de 50% na economia brasileira.
“O Brasil é uma economia relativamente fechada, com exportações e importações representando apenas 28% de seu Produto Interno Bruto (PIB) em 2024”, destacaram.
Apenas 16% das exportações totais do país vão para os Estados Unidos, o que corresponde a menos de 2% do PIB brasileiro.
“Embora a tarifa de 50% tivesse um impacto maior em certos produtos como ferro e aço semiacabados, aeronaves, materiais de construção, etanol e madeira e produtos relacionados, achamos que o impacto econômico geral na economia brasileira é gerenciável”, diz o UBS WM em relatório.
“Esperamos que o impacto direto nos lucros corporativos seja contido.”
O banco mantém a visão de que as ações brasileiras estão “atraentes”, em meio a um desempenho sólido dos mercados emergentes impulsionado pela fraqueza do dólar.
“As ações dos mercados emergentes permanecem descontadas e só recentemente começaram a atrair fluxos de capital, o que poderia sustentar uma perspectiva de médio prazo mais construtiva para a classe de ativos. […] Gostamos do Brasil dados as avaliações atraentes e o sólido crescimento econômico.”
*Com informações do Money Times.
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