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À procura de um gatilho: bitcoin (BTC) toca US$ 110 mil e recua; o que ainda falta para novas máximas?

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Chegou perto, mas não foi o suficiente. Após conversas entre os governos dos Estados Unidos e da China, o mercado de criptomoedas ganhou fôlego, e o bitcoin (BTC) chegou a marcar US$ 110.561, segundo o Coin Market Cap, cerca de 1,2% abaixo de sua máxima histórica.

Nesta terça-feira (10), por volta das 14h, o BTC recuou levemente em relação ao dia anterior e era negociado a cerca de US$ 109 mil — uma alta de 8,1% em relação à última sexta-feira (6), quando a criptomoeda quase caiu abaixo dos US$ 100 mil, atingindo o menor valor nos últimos 30 dias. O movimento positivo também arrastou para cima algumas das maiores altcoins do mercado.

As novas negociações entre EUA e China começaram na segunda-feira (9) e não têm prazo definido para conclusão. Por ora, o mercado tradicional permanece cauteloso, com desempenho misto nos principais índices.

Na ausência de gatilhos macroeconômicos significativos, o cenário regulatório e o avanço da institucionalização cripto assumiram os holofotes.

A Metaplanet, empresa japonesa de investimentos, anunciou um plano para levantar US$ 5,4 bilhões e reforçar sua estratégia de compra de bitcoin para o caixa corporativo — uma iniciativa que segue os passos de gigantes como a Strategy (ex-MicroStrategy), de Michael Saylor.

O otimismo também vem da frente regulatória: o avanço do projeto de lei sobre stablecoins no Congresso dos EUA, a aprovação de novos ETFs pela Securities and Exchange Commission (SEC, equivalente à CVM no Brasil) e o sucesso da estreia da Circle na Bolsa de Nova York (NYSE) reforçam o apetite institucional.

Nas últimas 24h, o ethereum (ETH) acompanhou o movimento, com alta de 6,73%, superando os US$ 2.740, enquanto o hyperliquid (HYPE) também se destacou, com uma valorização de 4,83%. Ambos superaram a média do mercado.

Confira o desempenho das dez maiores criptomoedas do mundo hoje:

#Nome (Símbolo)Preço (USD)24h7dYTDMarket Cap (USD)
1Bitcoin (BTC)US$ 108.918,620,71%2,77%16,62%US$ 2,16 tri
2Ethereum (ETH)US$ 2.741,496,73%4,85%-17,70%US$ 330,96 bi
3Tether (USDT)US$ 1,00-0,07%-0,06%0,20%US$ 155,18 bi
4XRP (XRP)US$ 2,27-0,96%1,04%9,54%US$ 134,02 bi
5BNB (BNB)US$ 665,040,82%-0,07%-5,13%US$ 93,70 bi
6Solana (SOL)US$ 157,921,10%-1,81%-16,54%US$ 82,90 bi
7USDC (USDC)US$ 1,00-0,04%-0,02%-0,03%US$ 60,98 bi
8Dogecoin (DOGE)US$ 0,192,46%-2,36%-39,37%US$ 28,64 bi
9TRON (TRX)US$ 0,293,52%8,32%15,44%US$ 27,83 bi
10Cardano (ADA)US$ 0,702,41%1,87%-17,00%US$ 24,75 bi
Fonte: Coin Market Cap

A era da tesouraria em bitcoin

O movimento mais recente de adoção corporativa de BTC veio da Metaplanet. As ações da companhia subiram mais de 10% na semana, após o anúncio de um plano para levantar US$ 5,4 bilhões e expandir sua estratégia de reservas em bitcoin.

Segundo documentos da oferta, a empresa, com mais de US$ 5,5 bilhões em valor de mercado, agora planeja adquirir até 210 mil unidades de BTC até o fim de 2027, superando a meta anterior de 21 mil BTC.

Se atingir esse objetivo, a Metaplanet se tornará a segunda maior detentora de bitcoin entre empresas de capital aberto, atrás apenas da Strategy, que atualmente possui cerca de 582 mil BTC — o equivalente a 2,77% do suprimento global, segundo o Bitcoin Treasuries. 

A Metaplanet já detém 8.888 unidades, ou 0,042% do total.

Na semana passada, a Strategy anunciou a aquisição de mais 1.045 BTC, elevando suas reservas a aproximadamente US$ 40,79 bilhões.

A ascensão do iShares Bitcoin Trust, da BlackRock, também reforça o momento institucional: o fundo superou US$ 70 bilhões em ativos em apenas 341 dias, marca que o ETF de ouro GLD levou 1.691 dias para alcançar.

Aqui no Brasil, o Méliuz (CASH3) foi a primeira empresa listada a adotar uma estratégia similar de tesouraria com BTC.

À espera do próximo gatilho

Em nota, analistas da Bitfinex destacaram que o BTC está em “terreno mais firme” após a liquidação de alavancagens da semana passada, mas ainda aguarda um novo catalisador macroeconômico.

A alta da segunda-feira ocorreu enquanto os mercados tradicionais registravam desempenho contido, com S&P 500 e Nasdaq praticamente estáveis. Já as ações ligadas a cripto subiram, acompanhando a recuperação do BTC no fim de semana.

Segundo a Bitfinex, o mercado está mais estável após a queda de 10% do BTC para perto dos US$ 100 mil, quando mais de US$ 1,9 bilhão em posições de derivativos foram liquidadas, eliminando o excesso de alavancagem.

No entanto, os dados on-chain ainda indicam pressão de venda por parte dos detentores de longo prazo, o que pode suprimir uma nova alta, alertam os analistas.

“O bitcoin agora está em uma encruzilhada — equilibrado entre um suporte estrutural e o enfraquecimento do impulso de alta, aguardando seu próximo sinal macroeconômico”, conclui a nota da Bitfinex.

*Com informações do Money Times e Coindesk

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