Allos (ALOS3), Multiplan (MULT3) ou Iguatemi (IGTI11): Quem deve liderar temporada de balanços 2T25?

A Allos (ALOS3) deve apresentar os melhores resultados entre as operadoras de shoppings neste segundo trimestre de 2025 (2T25), segundo prévia da XP Investimentos.

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A corretora aponta que, mesmo com um crescimento modesto na receita, a empresa deve entregar maior eficiência operacional, com expansão de margens e avanço de 4% no lucro ajustado por ação.

A receita líquida da Allos deve crescer 3% na comparação anual, chegando a R$ 642 milhões, puxada por reajustes de aluguéis baseados no IGP-M, maior receita com estacionamento e estabilidade na prestação de serviços. Segundo a XP, a companhia conseguiu manter a inadimplência controlada e uma taxa de ocupação sólida, o que sustenta a geração de caixa.

O destaque, segundo a corretora, será a margem de lucro antes de despesas financeiras, que deve atingir 73,2%, uma expansão de 2,1 pontos percentuais. Os analistas também também destacam o impacto positivo da recompra de ações, que reduz o número de papéis em circulação e contribui para o crescimento do lucro por ação.

Multiplan (MULT3): vendas crescem, mas lucro operacional recua com impacto dos juros

No caso da Multiplan (MULT3), os números de vendas seguem fortes. A XP projeta crescimento de 16% na receita líquida, com base em um desempenho expressivo nas vendas dos lojistas , com alta de 17,3% em abril e 14,6% em maio. A empresa também se beneficiou do reajuste dos aluguéis e de uma leve expansão de área nos empreendimentos.

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Apesar disso, a geração de caixa operacional (conhecido como FFO) deve cair 20% em relação ao mesmo período do ano passado, pressionado pelo aumento das despesas financeiras. Segundo a XP, essa queda também está relacionada à maior participação da atividade de desenvolvimento imobiliário na receita total, que tem margens menores, e reduz temporariamente a rentabilidade da companhia.

Ainda assim, a taxa de ocupação nos shoppings da Multiplan deve subir para 96,5%, e o resultado operacional segue saudável, com margem de 92,7%.

Iguatemi (IGTI11): crescimento com reservas, pressionada por aquisições

Para a Iguatemi (IGTI11), a expectativa também é de crescimento nas vendas e receita, mas com menos alívio nas margens. A casa estima avanço de 18% na receita líquida, sustentado por reajustes de aluguéis, maior área locável com as aquisições do Pátio Higienópolis e Paulista, e vendas fortes no segmento de luxo.

A taxa de ocupação deve alcançar 96,7%, reforçando a retomada da atividade nos empreendimentos. No entanto, a expectativa é de queda de 7% no lucro operacional (FFO), já que as recentes aquisições consumiram caixa e reduziram o resultado financeiro da companhia. A margem de lucro, que era de 48,3% há um ano, deve cair para 38,3%.

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Vendas em alta, mas lucro de Allos, Multiplan e Iguatemi ainda sente o peso dos juros

A XP avalia também que o setor de shoppings terá um trimestre positivo do ponto de vista operacional. As vendas dos lojistas devem crescer de forma consistente, impulsionadas pelo desempenho acima do esperado em abril e maio. A taxa média de ocupação nas empresas analisadas deve atingir 96,5%, com inadimplência sob controle.

Esses fatores sustentam o crescimento da receita e a melhora das margens operacionais. Em média, a receita das empresas sob cobertura da XP deve avançar cerca de 12% no trimestre.

Por outro lado, a alta dos juros segue pesando sobre os resultados financeiros. Com maior custo da dívida, o lucro operacional das companhias (medido pelo FFO) tende a cair, apesar da boa performance dos shoppings no dia a dia.

A XP destaca que, mesmo com os bons fundamentos operacionais, esse efeito limita o crescimento do lucro distribuído aos acionistas.

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A recomendação da corretora segue positiva para os três papéis, mas o destaque da temporada deve ficar com a Allos, por conseguir navegar melhor o ambiente de juros altos com custos controlados e uma estratégia eficiente de recompra de ações.

Allos, Multiplan e Iguatemi: veja o calendário dos resultados do 2T25