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Após o rali de quase 50% no ano, ação do Bradesco (BBDC4) ainda tem espaço para subir? UBS BB acredita que sim

Acoes do banco Bradesco BBDC4 na B3. Foto Dall EChatGPT

Depois de um longo e doloroso capítulo de reestruturação, o Bradesco (BBDC4) parece ter virado a página — e com direito a aplausos do mercado. 

Os números robustos do primeiro trimestre de 2025 reacenderam o sinal verde para o UBS BB, que manteve a recomendação de compra, mas elevou o preço-alvo das ações de R$ 18,00 para R$ 21,00 no horizonte de 12 meses.

A nova projeção representa um potencial de valorização de quase 30% frente ao último fechamento. 

E, se confirmada, deve turbinar ainda mais o desempenho de BBDC4 na B3. Os papéis do bancão acumulam uma alta de cerca de 50% no ano, bem acima dos 15% do Ibovespa no mesmo período.

Tendência é de alta — e não só nas ações BBDC4

Para o UBS BB, o Bradesco vive um momento de tendências construtivas no curto e médio prazo, com expansão da carteira de crédito, qualidade dos ativos sob controle e margens mais saudáveis — tudo isso reforçado pela própria diretoria, liderada por Marcelo Noronha.

“A combinação de tendências construtivas no curto e médio prazo, somada a um valuation atrativo, nos leva a reiterar nossa recomendação de compra, mesmo após a forte performance das ações no acumulado do ano”, escreveram os analistas, em relatório. 

O banco atualmente negocia a 0,95 vez o valor patrimonial (P/VPA) — um desconto de aproximadamente 15% em relação à média histórica de 1,1 vez. Para o UBS BB, há espaço para uma nova rodada de reprecificação.

Eficiência na mira do Bradesco 

O coração da tese de valorização do Bradesco (BBDC4) agora está no índice de eficiência — e o UBS BB vê um campo fértil para melhorias. 

A administração do Bradesco projeta que o indicador, atualmente na casa dos 50%, caia para cerca de 40% até 2028. Essa melhora deve ser impulsionada pela otimização da rede física e iniciativas de controle de custos.

Segundo os analistas, cada ponto percentual de melhora pode ter um efeito expressivo. Nos cálculos do UBS, uma redução de 1 ponto no índice de eficiência pode aumentar a rentabilidade em 0,6 ponto percentual.

“Vemos espaço significativo para o Bradesco melhorar esse indicador nos próximos anos”, projetou o UBS BB.

Na leitura dos analistas, uma queda no custo de capital (COE), diante da recente compressão dos juros longos no Brasil, e um aumento na rentabilidade média (ROAE) ao longo dos anos podem justificar múltiplos mais elevados para o Bradesco.

Rentabilidade do Bradesco (BBDC4) ainda em construção

Apesar do avanço, o UBS BB acredita que a rentabilidade do banco ainda não voltou ao nível normal — mas o cenário está se alinhando. 

A expectativa é que o Bradesco consiga enfim alcançar uma rentabilidade em linha com o custo de crédito no segundo semestre de 2026. 

As novas estimativas apontam para um ROAE de 14,4% em 2025, subindo para 15,7% em 2026 e 16,7% em 2028 — uma trajetória firme de recuperação da lucratividade.

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