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Bitcoin (BTC) tem dia histórico: criptomoeda quebra novo recorde e ultrapassa US$ 109 mil 

DALL·E 2024 12 16 16.30.09 A majestic and symbolic representation of the golden era of Bitcoin. The

Esta quarta-feira (21), véspera da comemoração dos 15 anos da primeira transação comercial com criptomoedas — o chamado Bitcoin Pizza Day —, entrou para a história do setor. Quatro meses após o último recorde, o bitcoin (BTC) voltou a romper barreiras e atingiu uma nova máxima histórica: US$ 109.767, segundo dados do CoinMarketCap.

Às 14h00, o BTC ainda era cotado a US$ 109.192, com alta de 3,77% nas últimas 24 horas.

Com esse avanço, a maior criptomoedas do mundo se tornou o quinto maior ativo do planeta, ao elevar seu valor de mercado para US$ 2,16 trilhões — superando a Amazon, que está avaliada atualmente em US$ 2,15 trilhões.

O recorde anterior havia sido registrado em 20 de janeiro, no dia da posse do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, que impulsionou o otimismo do setor com promessas de apoio às criptomoedas

A nova máxima chega cerca de um mês e meio após a mínima do ano, de US$ 76.320, registrada em 8 de abril, mesma data em que os mercados despencaram diante dos temores da disputa tarifária iniciada pelos EUA. Desde então, o BTC acumulou valorização de mais de 46%.

Uma conjuntura favorável

Desta vez, a disparada da moeda digital é atribuída a uma combinação de fatores: adoção institucional crescente, pausa de 90 dias na guerra tarifária entre EUA e China e sinais positivos no cenário regulatório.

Além do ambiente macroeconômico favorável nos Estados Unidos, a possibilidade de cortes nos juros ainda em 2025, aliada à aprovação do Genius Act  — projeto que regula o segmento de stablecoins no país — e às compras recorrentes de bitcoin por empresas e gestoras, fortaleceu o sentimento positivo. 

A recente inclusão da Coinbase (COIN) no índice S&P 500 também serviu como um marco simbólico da legitimação do setor cripto.

Apesar da forte correlação com fatores macroeconômicos, há quem veja o bitcoin como uma espécie de válvula de escape ao sistema financeiro tradicional — movimento conhecido como decoupling, ou descolamento dos mercados convencionais, especialmente em momentos de tensão geopolítica ou fiscal —, fortalecendo ainda mais a criptomoeda.

Jag Kooner, chefe de derivativos da Bitfinex, acredita nesse raciocínio e afirmou ao The Block que “um fechamento decisivo acima de US$ 107 mil–US$ 108 mil nos gráficos diários pode acionar uma movimentação rumo aos US$ 114 mil–US$ 120 mil, com os mercados de opções precificando altas probabilidades de rompimento nas próximas 2 a 4 semanas”.

O mercado de criptomoedas como um todo acompanha a alta, com destaques para o ethereum (ETH), que sobe 5,11% nas últimas 24h, a solana (SOL), com alta de 5,1%, e o XRP, com ganho de 3,51%.

Confira o desempenho das dez maiores criptomoedas do mundo hoje:

#Nome (Símbolo)Preço (USD)24h7dYTDMarket Cap (USD)
1Bitcoin (BTC)US$ 109.192,713,77%5,63%16,91%US$ 2,17 tri
2Ethereum (ETH)US$ 2.588,714,55%-0,04%-22,29%US$ 312,53 bi
3Tether (USDT)US$ 1,000,02%0,07%0,25%US$ 151,98 bi
4XRP (XRP)US$ 2,413,46%-5,17%16,24%US$ 141,74 bi
5BNB (BNB)US$ 670,243,81%2,97%-5,13%US$ 94,43 bi
6Solana (SOL)US$ 173,544,80%-1,31%-8,30%US$ 90,25 bi
7USDC (USDC)US$ 1,00-0,04%-0,04%-0,05%US$ 61,08 bi
8Dogecoin (DOGE)US$ 0,247,86%2,77%-26,82%US$ 35,45 bi
9Cardano (ADA)US$ 0,786,68%-3,06%-7,84%US$ 27,47 bi
10TRON (TRX)US$ 0,270,11%-1,03%7,46%US$ 25,92 bi
Fonte: CoinMarketCap

Mas nem tudo são rosas para o bitcoin

Apesar do novo recorde, o clima ainda é de otimismo cauteloso. O rebaixamento da nota de crédito dos EUA pela Moody’s, motivado pelo crescimento da dívida federal e déficits persistentes, lança dúvidas sobre o médio prazo.

Outro ponto de atenção é a guerra comercial com a China. A trégua de 90 dias ainda é apenas temporária e, sem um novo acordo, as tarifas podem retornar ao patamar anterior de 145%.

Além disso, apenas Reino Unido e China firmaram acordos com os EUA até agora. Os demais países seguem tentando amenizar os impactos da disputa comercial com Washington.

Por fim, embora o mercado aposte em um corte de juros nos EUA a partir de setembro, o Federal Reserve, banco central norte-americano, ainda não cravou um rumo definitivo. O próprio presidente do Fed reiterou que a autoridade monetária seguirá avaliando cuidadosamente os indicadores econômicos antes de tomar qualquer decisão.

* Com informações do Money Times

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