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Bolsa em alta: investidor renova apetite por risco, S&P 500 beira recorde e Ibovespa acompanha

Acoes bolsa Mercado

Aposta em cortes de juros, avanço das ações de tecnologia e otimismo global impulsionam os mercados. No Brasil, Vale (VALE3) e inflação mais branda ajudam o Ibovespa a romper os 137 mil pontos, enquanto dólar recua mais de 1%.

Nem mesmo a contração do Produto Interno Bruto (PIB) dos Estados Unidos foi capaz de frear o rali das bolsas norte-americanas nesta quinta-feira (26). 

Por volta das 15h (horário de Brasília), a Nasdaq renovava máximas históricas, enquanto o S&P 500 se aproximava do território recorde. O motor por trás da arrancada segue o apetite renovado por risco — e, principalmente, o fascínio contínuo pelas ações ligadas à inteligência artificial (IA).

Às 15h40, o S&P 500 subia 0,78%, aos 6.139,41 pontos, a Nasdaq avançava 0,96%, aos 20.164,64 pontos, enquanto o Dow Jones ganhava 0,86%, aos 43.351,97 pontos.

No Brasil, o Ibovespa também opera em alta, impulsionado pelo otimismo global, pelo avanço das ações da Vale (VALE3) e por fatores domésticos como a inflação mais branda e a derrubada dos decretos sobre o IOF. 

No mesmo horário, o principal índice da bolsa brasileira subia 0,95%, aos 137.057,92 pontos. No mercado de câmbio, o dólar à vista recuava 1,15%, a R$ 5,4980.

Bolsa de Nova York mergulha de cabeça em ações techs

Nos Estados Unidos, dados mistos não impediram o mercado de olhar para frente. Os yields (rendimentos) dos Treasurys e o dólar caíam, refletindo a crescente aposta em cortes de juros pelo Federal Reserve (Fed) ainda este ano. Os investidores já precificam duas reduções na taxa — atualmente entre 4,25% e 4,50% ao ano — até dezembro.

As ações da Nvidia, protagonista da onda de IA, avançaram mais de 4% na quarta-feira (25), renovando máximas. Nesta quinta, os papéis sobem mais 1,33%.  

O bom momento da Nvidia começou logo após a divulgação dos resultados do primeiro trimestre, quando a empresa superou as expectativas de receita mesmo enfrentando restrições de exportação de chips para a China.

No pano de fundo, o PIB dos EUA registrou uma contração de 0,5% no primeiro trimestre, a primeira desde 2022, acendendo alertas sobre os efeitos das tarifas comerciais.

O consumo das famílias cresceu no ritmo mais fraco desde o início da pandemia, e os pedidos recorrentes de seguro-desemprego atingiram o maior nível desde novembro de 2021, embora as solicitações iniciais tenham recuado.

O Brasil na jogada

Por aqui, o clima também é positivo. O Ibovespa sobe embalado pelo bom humor global, pela disparada das ações da Vale (VALE3) e por uma combinação de fatores domésticos, entre eles o IPCA-15 de junho menor do que o esperado e o avanço na arrecadação de maio. 

A prévia da inflação subiu 0,26%, abaixo dos 0,30% projetados, reforçando a percepção de desaceleração — ainda que lenta — dos preços. Isso impulsiona ações sensíveis aos juros, como varejistas, construtoras e empresas de tecnologia.

Outro gatilho veio de Brasília. O Congresso derrubou os decretos que elevavam o IOF sobre operações de câmbio, crédito e previdência. A medida pode reduzir em até R$ 10 bilhões a arrecadação do ano que vem, mas o mercado leu a decisão como um alívio no custo operacional de empresas e investidores.

No radar também está o leilão da PPSA, com expectativa de arrecadação de até R$ 25 bilhões. O movimento ajuda a sustentar os papéis da Petrobras (PETR4), que avançam cerca de 1,06%.

A Vale avança 2,95%, acompanhando a alta do minério de ferro na China. Mas outros papéis também chamam atenção no Ibovespa:

  • AZZA3: +4,62%
  • NTCO3: +4,30%
  • MRVE3: +3,97%
  • B3SA3: +3,60%
  • VIVA3: +3,50%

*Com informações do Money Times e Bloomberg

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