BRF (BRFS3) salta quase 11% e Yudqs (YDUQ3) é a ação com pior desempenho; veja os destaques do Ibovespa na semana

O Ibovespa (IBOV) interrompeu a sequência de ganhos semanais com ‘tarifaço’ dos Estados Unidos sobre a importação de países brasileiros no país. 

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O principal índice da bolsa brasileira acumulou queda de 3,60% nos últimos cinco pregões e encerrou a sessão da sexta-feira (11) no nível dos 136 mil pontos. Com isso, o Ibovespa perdeu cerca de 5 mil pontos e se afastou nos níveis recordes.

Já o dólar à vista (USBRL) voltou a encostar em R$ 5,60 e terminou a R$ 5,5475 e teve valorização de 2,26% ante o real na semana.

Na  última quarta-feira (9), o presidente norte-americano Donald Trump enviou uma carta ao Brasil com a taxação de 50% para importação nos EUA.

O chefe da Casa Branca vinculou a decisão ao tratamento recebido pelo ex-presidente Jair Bolsonaro, que é réu de inquérito no Supremo Tribunal Federal (STF) sob acusação de planejar um golpe de Estado.

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Em resposta, O presidente brasileiro Luiz Inácio Lula da Silva disse que “vai brigar” em todas as esferas para suspender o ‘tarifaço’ e que a Lei de Reciprocidade Econômica é uma alternativa à medida de Trump.

O impasse sobre o Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) também ficou no radar. A audiência de conciliação com representantes do governo, da Câmara, do Senado e da Procuradoria-Geral da República está prevista para a próxima terça-feira (15).

Entre os dados econômicos, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que mede a inflação oficial do Brasil, subiu 0,24% em junho — uma desaceleração em relação à alta de 0,26% apurada em maio. O indicador veio acima das projeções do mercado, que apontavam para um avanço de 0,23%, segundo o último Relatório Focus.

No acumulado de 12 meses, a inflação acumula alta de 5,35% — acima da meta perseguida pelo Banco Central, de 3% com tolerância de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo.

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Com o estouro da inflação no acumulado de 12 meses, o presidente do BC, Gabriel Galípolo, enviou uma carta ao presidente do Conselho Monetário Nacional (CMN) — que é o ministro da Fazenda — Fernando Haddad. 

No documento, ele afirmou que o Copom segue vigilante e que os passos futuros da política monetária poderão ser ajustados. O BC avaliou que a política monetária deve permanecer em patamar significativamente contracionista por período bastante prolongado.

No exterior, o ‘tarifaço’ de Trump foi o grande destaque. Até agora, ele anunciou novas tarifas para 25 países nessa segunda rodada de tarifas ‘recíprocas’, com vigência a partir de 1º de agosto.

Ele também prometeu divulgar uma carta com uma nova taxa sobre os produtos fabricados na União Europeia.

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Sobe e desce do Ibovespa

A ponta positiva do Ibovespa foi liderada por BRF (BRFS3), em meio ao processo de fusão da companhia com a  Marfrig (MRFG3).

Na última sexta-feira (1), a BRF confirmou o novo adiamento da Assembleia Geral Extraordinária (AGE) sobre a incorporação de suas ações pela Marfrig (MRFG3), após decisão da Comissão de Valores Mobiliários (CVM), que solicitou informações adicionais pelos comitês independentes das companhias.

A decisão da CVM acontece após a Caixa de Previdência dos Funcionários do Banco do Brasil (Previ) e o acionista minoritário Alex Renato de Maura Fontana protocolarem um agravo de instrumento no Tribunal de Justiça de São Paulo pedindo a suspensão da AGE, que estava prevista para a próxima segunda-feira (14).

O adiamento tem prazo de 21 dias após a apresentação das detalhes pela empresa.

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Segundo a BRF, uma nova data para AGE deve ser anunciada em breve.

Confira a seguir as maiores altas do Ibovespa entre 7 e 11 de julho: 

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Já a ponta negativa foi liderada por  Yduqs (YDUQ3). Sem novidades corporativas, a ação da companhia educacional foi pressionada pelo aumento da  aversão a risco após o anúncio da tarifa de Trump — que refletiu na abertura da curva de juros brasileira e saída de capital estrangeiro.

Veja as maiores quedas na semana: