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Cade aprova compra da fatia da Paper Excellence na Eldorado pela J&F e coloca ponto final em disputa que perdura há 7 anos

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Agora acabou mesmo. Nesta segunda-feira (3), o Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) aprovou, sem restrições, a compra, pela J&F, da participação antes detida pela Paper Excellence na Eldorado Celulose.

Nos últimos sete anos, a holding dos irmãos Batista e a empresa indonésia se enfrentaram nos tribunais devido a uma disputa societária pelo controle da companhia de celulose, chegando a um acordo em maio.

Com o bater do martelo do Cade, todas as ações judiciais e arbitrais em curso referentes ao caso, no Brasil e no exterior, foram encerradas.

A J&F pagou a cifra de R$ 15 bilhões à vista para adquirir a totalidade das ações da Eldorado Brasil Celulose detidas pela Paper Excellence. Isso significa que a holding dos irmãos Batista passou a deter os 49% restantes da Eldorado, que pertenciam aos indonésios.

A disputa pela Eldorado

O negócio de venda da Eldorado Brasil Celulose começou em 2017, com uma transação amigável entre o grupo brasileiro J&F e o indonésio Paper Excellence, mas, no ano seguinte, se tornou uma bilionária disputa corporativa que só terminou em 15 de maio.

O cerne da disputa envolvia a validade do contrato de compra e venda e a transferência do controle acionário da Eldorado.

JÁ FOI, MAS NÃO É MAIS

Várias decisões judiciais e arbitrais foram proferidas ao longo dos anos, com resultados diferentes.

A Paper Excellence buscou judicialmente a concretização da compra, enquanto a J&F tentou anular o acordo.

A venda aconteceu quando a J&F atravessava dificuldades e colocou a papeleira à venda junto com outros empreendimentos da holding. Na ocasião, os irmãos Batista estavam na mira da Operação Lava Jato.

O acordo realizado em 2017 deu um prazo de um ano para liberar as garantias dadas nas dívidas da empresa. Ao término desse processo, o acordo previa que a companhia indonésia ficaria com 100% das ações da Eldorado.

A Paper Excellence desembolsou R$ 1,1 bilhão no fechamento do negócio. O saldo da transação seria quitado em até 12 meses.

A J&F passou a afirmar que a Paper Excellence não cumpriu os termos acordados e perdeu o prazo para liberar as garantias, o que começou a saga pela Eldorado nos tribunais.

*Com informações do Estadão Conteúdo

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