Continua após a publicidade
O ano começou com o mercado projetando a taxa básica de juros em 15% até o final de 2025. Porém, os investidores não tiveram que esperar tanto tempo assim: em seis meses, a profecia já foi concretizada.
Com a alta da Selic, os investidores de fundos imobiliários tendem a recalibrar as carteiras, apostando em ativos menos afetados. E é aí que os FIIs de papel ganham destaque, já que investem em títulos de crédito do setor e podem até lucrar com a elevação das taxas.
Apesar de um início de ciclo de queda dos juros já estar no radar do mercado, o cenário econômico do país abre a oportunidade para um velho conhecido da série FII do Mês retornar ao pódio: o Kinea Rendimentos Imobiliários (KNCR11).
Um dos maiores nomes da bolsa, com participação de 5,75% no IFIX, o FII recebeu três indicações entre os nove bancos e corretoras procurados pelo Seu Dinheiro. Confira abaixo todos os fundos imobiliários presentes ‘no top 3’ das casas procuradas em julho:
- Entendendo o FII do Mês: Todos os meses, o Seu Dinheiro consulta as principais corretoras do país para descobrir quais são suas apostas para o período. Dentro das carteiras recomendadas, os analistas indicam os seus três prediletos. Com o ranking nas mãos, selecionamos os que contaram com mais indicações.
*A carteira indicada pelo banco Daycoval não é limitada a apenas ativos imobiliários. Assim, a instituição inclui ativos atrelados ao agronegócio, debêntures e infraestrutura.
Um fundo imobiliário de peso: o Kinea Rendimentos Imobiliários (KNCR11)
Destaque também na série Onde Investir no Segundo Semestre, o Kinea Rendimentos Imobiliários (KNCR11) possui liquidez diária de aproximadamente R$ 11 milhões e um patrimônio líquido de R$ 7,79 bilhões, segundo o último relatório gerencial.
O portfólio do FII é concentrado em Certificados de Recebíveis Imobiliários (CRIs) indexados ao CDI, com taxa prefixada média de 2,1% ao ano.
O Santander, um dos bancos a indicar este FII para julho, ressalta que a alocação da carteira permite que o fundo seja beneficiado pela alta dos juros.
E foi exatamente isso que aconteceu no último mês: favorecida pela alta do CDI, a última distribuição do KCR11 foi de R$ 1,20 por cota. Já em julho, o FII anunciou que vai manter o pagamento no mesmo valor. O investidor verá o dinheiro cair na conta na próxima sexta-feira (11).
Mas não é só isso que chama atenção no KNCR11. Além disso, os ativos presentes na carteira são classificados como high grade, ou seja, títulos de alta qualidade de crédito, o que minimiza o risco de inadimplência.
A Empiricus Research, que também indicou o FII, avaliou que o KNCR11 segue bem posicionado para continuar gerando uma renda elevada, com um dividend yield (taxa de retorno de dividendos) de dois dígitos, e sem grande exposição ao risco de mercado.
Caio Araújo, analista da casa, ressalta ainda que, historicamente, o FII opera com ágio de 2% da média sobre o valor patrimonial. Atualmente, o KNCR11 está sendo negociado próximo deste patamar.
Ainda é preciso ter atenção
Apesar de chamar a atenção dos analistas, o KNCR11 também possui riscos no radar. Segundo o Santander, o principal ponto de atenção é uma eventual inadimplência, que pode afetar os dividendos pagos aos cotistas.
Isso porque 36% do patrimônio líquido do fundo imobiliário está concentrado em apenas três devedores: a Brookfield, com 22%; a JHSF, com 9%; e a MRV, com 5%.
Acesso todas as Notícias
Continua após a publicidade