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(Imagem: Nelson_A_Ishikawa/Getty Images)
O dólar encerrou a semana em dupla queda com dados mais fracos do que o esperado nos Estados Unidos e a vigência do ‘tarifaço’ do presidente norte-americano, Donald Trump, sobre os produtos de países parceiros comerciais.
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Nesta sexta-feira (1º), o dólar à vista (USDBRL) encerrou as negociações a R$ 5,5456, com queda de 0,99%.
O movimento acompanhou a tendência vista no exterior. Por volta de 17h (horário de Brasília), o DXY, indicador que compara o dólar a uma cesta de seis divisas globais, como euro e libra, caía 1,16%, aos 98,807 pontos.
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Na semana, o dólar se desvalorizou 0,29% ante o real.
O que mexeu com o dólar hoje?
O dólar perdeu força ante as moedas globais com uma bateria de dados econômicos nos Estados Unidos. Entre eles, o relatório oficial de empregos veio mais fraco do que o esperado para julho e, em reação, os investidores recalibraram as apostas de cortes nos juros pelo Federal Reserve (Fed) até o final do ano.
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O payroll apontou a criação de 73 mil vagas de emprego no mês passado, abaixo da expectativa de 100 mil postos. A taxa de desemprego subiu de 4,1% para 4,2%.
O Departamento do Trabalho norte-americano também revisou o dado de junho de 147 mil para 14 mil vagas no mês.
“Esses dados criam um desafio para o duplo mandato do Fed, que agora tem que ponderar não apenas a trajetória da inflação e os efeitos incipientes das novas tarifas, mas também um enfraquecimento substancial no mercado de trabalho”, afirmou Nickolas Lobo, especialista em investimentos da Nomad.
Após o relatório de emprego, a probabilidade de corte de 0,25 ponto percentual pelo Fed em setembro saltou de 37,7% (ontem) para 80,8% hoje, de acordo com a ferramenta de monitoramento FedWatch, do CME Group. Já a chance de manutenção dos juros também caiu de 62,3% para 19,2%.
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Até dezembro, a aposta majoritária passou a ser de redução de 0,75 ponto percentual.
Vale lembrar que payroll foi divulgado dois dias após o Fed ter mantido sua taxa básica na faixa de 4,25% a 4,50% e evitado sinalizar cortes iminentes, reduzindo as expectativas do mercado de uma flexibilização na próxima reunião de política monetária, em setembro.
O presidente norte-americano Donald Trump voltou a criticar o presidente do BC dos EUA, Jerome Powell, em três publicações na rede Truth Social. Trump também ordenou a demissão imediata da comissária de Estatísticas do Trabalho, Erika McEntarfer, responsável pela publicação do relatório de empregos.
O Fed também anunciou que a diretora Adriana Kugler renunciou ao cargo, com efeito a partir de 8 de agosto. Ela ocupava a posição desde 13 de setembro e enviou a carta de demissão ao Trump. Segundo o comunicado, Kugler retornará ao meio acadêmico na Universidade de Georgetown.
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Os investidores também reagiram ao ‘tarifaço’ de Trump, que entrou em vigor nesta sexta-feira (1º). Ontem à noite, a Casa Branca oficializou as tarifas de importação nos EUA para 69 países parceiros comerciais com alíquotas que variam entre 10% e 41%.
No caso do Brasil, a tarifa de 50% entrará em vigor na próxima quarta-feira (6). Hoje (1º), o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou que está aberto a firmar parcerias com governadores de Estados para mitigar os impactos do ‘tarifaço’, em entrevista a repórteres.
O chefe da pasta econômica ainda disse que as medidas de contingência não ficarão de fora da meta fiscal, contradizendo as declarações do vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), Geraldo Alckmin, na véspera.
“A nossa proposta que está sendo encaminhada não vai exigir isso [gastos fora meta fiscal]”, apontou Haddad. “Não é a nossa demanda inicial. Nós entendemos que conseguimos operar dentro do marco fiscal sem nenhum tipo de alteração.”
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