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Elon Musk mira Marte em 2026 com a Starship — mas a janela é estreita e o foguete ainda tropeça

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Planos no planeta Terra já ficaram pequenos para Elon Musk. Agora, o homem mais rico do mundo também quer ser conhecido como a pessoa que levou a humanidade até Marte. 

O bilionário quer lançar uma missão não tripulada na SpaceX com destino ao planeta vermelho até o final de 2026.

A bordo desse plano está a Starship — a nave espacial que Musk espera transformar na espinha dorsal do futuro multiplanetário da humanidade. 

Acontece que esse “táxi interplanetário” ainda mal consegue concluir um voo de teste sem se desintegrar.

Elon Musk em uma corrida contra o tempo

O prazo de 2026 não foi escolhido ao acaso. A cada 26 meses, a Terra e Marte se alinham em posições ideais para reduzir o tempo e o combustível necessários para a viagem.

“Com lançamentos mais de 10 vezes por dia para maximizar as janelas de transferência que se abrem a cada aproximadamente 26 meses, milhares de naves estelares transferirão tripulação e equipamentos para construir uma presença duradoura em outro mundo”, diz a SpaceX, no site.

Isso significa que, caso essa janela fosse perdida, poderia empurrar o cronograma por mais dois anos.

Musk sabe disso. Por isso, mesmo após uma sequência de voos de teste problemáticos — o mais recente resultou em uma explosão cinematográfica no céu do Texas — o CEO da SpaceX mantém o otimismo. 

Nas palavras dele, o fracasso mais recente rendeu “bons dados” e servirá como combustível para uma “cadência de lançamentos mais intensa”.

Apesar de o lançamento do foguete ainda estar distante, Elon Musk já projeta o futuro em solo marciano: uma cidade autossuficiente com mais de um milhão de pessoas. 

A SpaceX está planejando pousar as primeiras Starships em Marte em 2026. Esses primeiros foguetes devem coletar dados sobre a entrada e o pouso antes dos desembarques de tripulação na superfície marciana.

Por sua vez, os primeiros exploradores humanos a visitar Marte deverão estabelecer as bases para uma presença permanente no planeta. 

O plano envolve milhares de lançamentos, dezenas de naves e milhões de toneladas de carga levadas ao planeta vizinho, uma operação logística de proporções grotescas.

Os desafios ao plano ousado de Elon Musk

Acontece que cada voo da Starship hoje é menos sobre “chegar lá” e mais sobre “não explodir antes da hora”. 

O próprio Musk reconhece que o cronograma para chegar a Marte depende da capacidade da Starship de realizar feitos técnicos desafiadores durante o desenvolvimento de teste de voo.

Para se ter ideia, na última terça-feira (27), o fundador da SpaceX deveria fazer uma apresentação ao vivo na base de lançamento da empresa no Texas, após o nono voo de teste da Starship naquela noite.

No entanto, a live foi cancelada sem aviso prévio depois que a Starship saiu do controle e se desintegrou em uma bola de fogo pouco menos de 30 minutos após o lançamento, na metade de sua trajetória de voo.

Entre a ambição de Elon Musk e a realização dos planos ousados rumo ao planeta vermelho está o reabastecimento orbital, uma manobra ainda inédita que será crucial para permitir que a Starship alcance Marte com carga suficiente. 

Sem isso, o sonho continua estacionado na Terra. Essa etapa é considerada um dos maiores desafios técnicos do programa.

*Com informações da Reuters.

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