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O BC é obrigado a explicar porque não cumpriu a meta caso tenha a descumprido por mais de 6 meses (Imagem: REUTERS/Ueslei Marcelino)
O presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo, disse em cartão enviado ao presidente do Conselho Monetário Nacional (CMN), ministro Fernando Haddad, que a inflação entrará na meta a partir do final do primeiro trimestre de 2026.
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No documento, a autoridade monetária diz que a previsão está em linha com o cenário de referência apresentado no Relatório de Política Monetária de junho de 2025.
O BC é obrigado a explicar porque não cumpriu a meta caso tenha a descumprido por mais de 6 meses. A cifra é de 3%, com tolerância de 1,5 ponto percentual para cima e 1,5 pp para baixo.
Por outro lado, o IPCA, índice que mede a inflação, encerrou o período dos últimos 12 meses em 5,35%.
“O Comitê de Política Monetária avalia diversos cenários prospectivos para a inflação, que consideram trajetórias diferentes da taxa Selic e para as expectativas de juros de mercado”.
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Atualmente, a Selic no Brasil está em 14,75%, o maior patamar em 20 anos.
O Comitê iniciou o ciclo de aperto monetário em setembro de 2024 e seguiu com o ciclo até a reunião mais recente, somando 4,5 p.p. até junho de 2025.
“O compromisso do Banco Central é com a meta de inflação de 3%, e suas decisões são pautadas para que este objetivo seja atingido no horizonte relevante de política monetária”, afirmou.
Juros altos por bastante tempo
Na carta, o BC também enfatiza que o Copom segue vigilante e que os passos futuros da política monetária poderão ser ajustados.
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A autoridade também não hesitará em prosseguir no ciclo de alta, caso julgue apropriado.
“O Copom reiterou ao longo do processo que a magnitude do ciclo depende da evolução dos indicadores econômicos e reafirmou seu compromisso com a convergência da inflação para a meta no horizonte relevante”.
Ainda, o BC avaliou que a política monetária deve permanecer em patamar significativamente contracionista por período bastante prolongado.
Ao mesmo tempo, pontua, considerou que o ciclo atual foi rápido e bastante firme na elevação de juros, “o que justifica a estratégia de interrompê-lo e observar seus efeitos sobre a economia, a fim de se avaliar se o nível contracionista vigente é apropriado para assegurar a convergência da inflação à meta”.
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Por que a inflação estourou a meta?
Entre os fatores que explicam a disparada da inflação, segundo o BC, está:
- aumentos mais intensos do que o previsto nos preços da gasolina, nos serviços (especialmente os subjacentes), em alimentos industrializados — com destaque para o café — e em bens industriais, como vestuário e automóveis;
- atividade econômica aquecida, com o mercado de trabalho em forte recuperação, com a taxa de desemprego caindo para 6,2%, a menor da série histórica.
- desancoragem das expectativas de inflação, com expectativas de inflação se mantendo acima da meta desde meados de 2024, mesmo para horizontes mais longos.
- os preços administrados também pressionaram a inflação, principalmente por conta da piora do cenário hídrico, que exigiu mudanças nas bandeiras tarifárias de energia elétrica.
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