O mercado de ETFs (Exchange Traded Funds, ou fundos de índice) está em ascensão, atraindo cada vez mais investidores que buscam uma forma prática de diversificar seus portfólios, com foco em diferentes regiões e setores. Esse crescimento também é impulsionado pela busca por opções mais eficientes, especialmente em mercados desafiadores como o da China.
A avaliação foi feita por Brendan Ahern, CIO da Krane Funds Advisors, durante o Global Managers Conference 2025, promovido pelo BTG Pactual Asset Management nesta quinta-feira (26).
“Mesmo na China, é muito difícil escolher o papel certo, a empresa certa”, afirmou Ahern, ressaltando a praticidade desse tipo de investimento.
Segundo ele, o desempenho recente de algumas companhias surpreendeu até os analistas mais experientes.
“Ninguém no planeta imaginou que uma pequena empresa de games superaria a Alibaba de forma tão significativa, como ocorreu recentemente”, exemplificou.
Essa mudança no cenário, para o gestor, reforça o valor dos ETFs, uma alternativa dinâmica e eficiente para exposição a mercados em constante transformação.
Demanda global e estímulos chineses
Para além dos EUA, Ahern vê forte demanda também na Europa e na Ásia. No caso da China, ele observa um comportamento mais confiante dos investidores locais, que têm ampliado a exposição a ações domésticas.
Como exemplo, citou a própria Alibaba (BABA34), que estaria recomprando seus papéis diariamente — sinal, segundo ele, de que a companhia considera suas ações subavaliadas e confia nas medidas de estímulo do governo do país.
“Os chineses mostraram que conseguem fazer produtos e tecnologia eficientes”, disse Ahern, citando o caso da DeepSeek no setor de inteligência artificial, que chamou atenção ao competir com gigantes como a Nvidia.
“O DeepSeek mostrou aos norte-americanos que eles não são os únicos espertos. Quando os chineses resolveram entrar nesse mercado, fizeram uma IA de forma mais barata”, afirmou.
Apesar do otimismo, Ahern reconheceu que a China ainda enfrenta desafios estruturais importantes, como o envelhecimento populacional e os problemas no setor imobiliário. Ainda assim, reforçou sua visão positiva, ressaltando que “há valor nos ativos chineses”.
*Com informações do Money Times
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