Fundo imobiliário HGLG11 planeja captar até R$ 2 bilhões em nova emissão; IFIX recua pelo terceiro dia

Um dos fundos imobiliários mais populares do mercado, o Pátria Log (HGLG11) convocou uma assembleia geral extraordinária (AGE) para que seus cotistas deliberem sobre a realização de sua 10ª emissão de cotas.

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Caso a oferta seja aprovada, o FII poderá captar até R$ 2 bilhões e ampliar seu patrimônio líquido, que atualmente está em cerca de R$ 5,49 bilhões.

Segundo o comunicado, a AGE ficará aberta para manifestação dos investidores até 23 de julho, com divulgação do resultado no dia seguinte. O valor unitário das cotas da nova emissão ainda não foi confirmado.

De acordo com a gestora Pátria Investimentos, os recursos captados serão destinados a novas aquisições, com o “objetivo de proporcionar aos cotistas qualidade e uma remuneração adequada pelo capital investido”.

Vacância menor

Em seu mais recente relatório gerencial, o HGLG11 também informou que, ao longo do mês de maio, assinou um novo contrato de locação no imóvel ‘G300 Itupeva’, em São Paulo, zerando, assim, a vacância física do ativo.

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Com as entradas e saídas já mapeadas para o restante do ano, a taxa de desocupação projetada pelo FII é de aproximadamente 3,6%.

De acordo com a gestão, em cerca de 24 meses, o fundo reduziu sua vacância de 20,5%, registrada em maio de 2023, para 3,5%, o menor patamar desde fevereiro de 2017.

Atualmente, o Pátria Log conta com 28 imóveis logísticos e 149 locatários, entre eles Mercado Livre, Volkswagen, Electrolux, Decathlon e outros.

IFIX engata 3ª queda

Ainda no mercado de FIIs, o Índice de Fundos de Investimentos Imobiliários (IFIX) manteve a tendência de queda e registrou sua terceira baixa consecutiva. No pregão de quarta-feira (9), o indicador recuou 0,11%, encerrando o dia aos 3.482,59 pontos.

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Com o desempenho negativo da semana, o acumulado do mês passou a ser de -0,03%. No ano, porém, o índice ainda acumula alta de 11,75%.

Dia de volatilidade

O IFIX acompanhou o movimento dos mercados de renda variável, que recuaram após o anúncio de novas tarifas impostas pelo governo dos Estados Unidos a diversos países — incluindo o Brasil.

Ontem (9), Donald Trump citou o Brasil em uma carta, afirmando que o país “não tem sido bom” com os EUA e anunciou taxas de 50% sobre produtos brasileiros.

O republicano alega que as relações comerciais são “muito injustas”, devido a barreiras tarifárias e não tarifárias.

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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva, por sua vez, reagiu dizendo que o Brasil é um país soberano com instituições independentes e “que não aceitará ser tutelado por ninguém”. Segundo ele, a medida comercial será respondida “à luz” da Lei da Reciprocidade Econômica.

De acordo com agentes do mercado, a ação de Trump enfraquece a relação entre os dois países. Para Marcos Moreira, por exemplo, sócio da WMS Capital, a alíquota de 50% é “impraticável”.

“Se essa tarifa, de fato, permanecer, podemos ter a atividade econômica sendo revista para baixo e forte desvalorização do real ante o dólar”, afirmou.

Analistas esperam, ainda, uma reação negativa nos mercados nesta quinta-feira (10), com depreciação do real, alta nos juros futuros e forte queda nos ativos de renda variável.

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As maiores baixas e altas no último pregão

Entre os destaques negativos da quarta-feira (9) esteve o Canuma Capital Multiestratégia (CCME11), que recuou 1,45%. Na sequência, apareceram o SPX SYN Multiestratégia (SPXS11), com queda de 1,28%, e o VBI REITS FOF (RVBI11), que caiu 1,24%.

Também figuraram entre as maiores baixas o VBI Prime Properties (PVBI11), com recuo de 1,07%, e o BB Progressivo II (TVRI11), que registrou desvalorização de 1,04%.

O destaque positivo foi o Pátria Logística (PATL11), que avançou 6,92%. Na sequência, apareceram o VBI Logístico (LVBI11), com alta de 5,39%, e o BRC Renda Corporativa (FATN11), que subiu 1,50%.