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Era perto do meio-dia quando o Ibovespa renovou a mínima da sessão e perdeu os 138 mil pontos — um desempenho que foi na contramão da bolsa de Nova York, que após dois dias de perdas, se recupera e opera no azul. O vilão das perdas por aqui é Gabriel Galípolo.
O presidente do Banco Central deu declarações nesta quarta-feira (9), na Câmara, que reforçam a busca pela convergência da meta de inflação — o que é bem visto por analistas no sentido de credibilidade, mas também é um sinal de que a Selic pode ficar no patamar atual de 15% por mais tempo do que o imaginado.
A indicação atingiu em cheio as ações de primeira linha. Ao meio-dia, o Ibovespa caiu 0,91%, aos 138.028,86 pontos. Na mínima, o índice foi mergulhou nos 137.857,02 pontos.
Vale (VALE3) cedia 0,75% e Petrobras caía 0,74% (PN) e 1,34% (ON). Entre os grandes bancos, Itaú Unibanco (ITUB4) era a que mais cedia no horário, com queda de -1,51%.
Por volta de 13h50, o Ibovespa recuava 0,92%, aos 138.024,12 pontos. No mesmo horário, o dólar à vista subia 0,15%, cotado a R$ 5,4540.
Ibovespa perde a carona de Nova York
O comportamento do dólar ante o real está em linha com o observado no exterior em relação a outras moedas emergentes — com as incertezas sobre as novas tarifas comerciais do governo Trump pesando sobre o câmbio.
Embora tenha postergado a entrada em vigor das tarifas recíprocas para 1 de agosto, perto de 12h45 de hoje, o presidente norte-americano anunciou tarifas sobre Brunei, Líbia, Iraque, Algéria, Filipinas, Moldávia.
No dia anterior, Trump enviou cartas estabelecendo novas tarifas para os líderes de outros 14 países, incluindo Coreia do Sul e Japão.
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No mesmo dia, o republicano anunciou uma taxa de 50% sobre as importações de cobre e insinuou que novas tarifas setoriais serão anunciadas em breve — ele ameaçou impor tarifas de até 200% sobre produtos farmacêuticos importados para os EUA.
Ainda assim, as bolsas em Nova York operam em alta, se recuperando de dois dias de perdas. O Dow Jones avançava 0,10%, enquanto o S&P 500 e Nasdaq tinham alta de 0,29% e 0,67%, respectivamente, por volta de 13h50.
O destaque do pregão em é a Nvidia, cujas ações deram um salto de 2% e transformaram a fabricante de chips na primeira empresa a atingir valor de mercado de US$ 4 trilhões.
Outros grandes nomes da tecnologia também avançam — incluindo Meta, Microsoft e Alphabet — sinalizando um reavivamento do apetite pelo tema da inteligência artificial.
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