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Segundo Giovanne Tobias, ainda em julho, o nível de inadimplência segue elevado, principalmente na carteira rural (Imagem: Reprodução)
A piora da inadimplência do agronegócio, um dos grandes detratores do primeiro e segundo trimestre, pode dar as caras também no terceiro trimestre, alerta o CFO do Banco do Brasil (BBAS3), Giovanne Tobias, em um vídeo publicado no canal do Youtube para comentar o resultado.
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Segundo o executivo, ainda em julho, o nível de inadimplência segue elevado, principalmente na carteira rural, o que continuará impactando o resultado.
“É importante os investidores saberem o seguinte, que você não resolve isso num passe de mágica”, afirmou.
No entanto, ele afirma haver confiança na capacidade de, por um lado, controlar o crescimento da inadimplência e, por outro, sustentar os negócios, com ampliação do crédito.
Isso aconteceria especialmente no consignado privado e público, com margens maiores e risco controlado no segmento de pessoas físicas.
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A ideia é que o banco seja mais seletivo na carteira agro e amplie o segmento de pessoas físicas, “que é onde a gente tem e consegue trazer um pouco mais de rentabilidade”.
No segundo trimestre, a inadimplência da carteira agro atingiu 3,49%.
“Foi o grande agressor, foram mais de R$ 7 bilhões de provisão que nós tivemos que considerar ali naquela carteira para o segundo trimestre de 2025”, disse Tobias.
Apesar disso, ele afirma ainda que os spreads já mostraram recuperação mesmo neste trimestre mais pressionado.
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“Essa é a força do Banco do Brasil: manter uma carteira de crédito bem posicionada nos segmentos agro, corporativo, pequenas empresas e pessoas físicas. Em momentos de ciclos adversos em uma carteira específica, outra ajuda a contrabalançar”.
Veja a entrevista abaixo:
Banco do Brasil: Como o mercado deve reagir amanhã?
Com o lucro bem abaixo da expectativa, a R$ 3,8 bilhões, e um ROE (retorno sobre o patrimônio líquido) de apenas 8%, pior patamar em décadas, é esperado que a ação volte a desandar.
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Um gestor que cobre o setor e conversou com o Money Times diz que o resultado veio pior que as estimativas de consenso de mercado, mas não veio, materialmente, pior do que já vinha sendo ventilado por quem era pessimista com a ação.
“Mas o que veio, talvez, pior do que o esperado, aí a ver se pode fazer preço amanhã, é que houve vários sinais de resultados apontando para uma realidade ainda ruim para frente para o Banco do Brasil”, explica.
Primeiro é que o guidance seria bastante incoerente entre si.
“O banco fala de apertar e reduzir muito a geração de crédito para entregar uma criação de carteira bem menor do que ele vinha fazendo. E, ao mesmo tempo, fala em acelerar a margem financeira, uma coisa que não é coerente com a outra”.
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Antes pausada, a expectativa é que o banco encerre 2025 com margem de R$ 102 bi até R$ 105 bi.
Qualidade em dúvida
No que diz respeito à qualidade da carteira de crédito do BB, os sinais seguiram muito ruins, coloca.
Ele recorda que houve aumento de inadimplência em todas as carteiras: pessoa física, pessoa jurídica, agro. E tudo isso com o aumento da carteira renegociada, e, no caso do agro, o aumento da carteira prorrogada.
“Então, um sinal muito ruim para frente. Nesse sentido, foi pior, que ainda não passa a ideia, quem olha os números com calma, que o pior ficou para trás. Ainda tem resultados ruins por vir, talvez pior do que o próprio guidance do banco”.
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Diante da queda do lucro, o BB atualizou estimativas que tinha suspendido anteriormente, entre elas a de lucro líquido ajustado, agora calculado entre R$ 21 bilhões e R$ 25 bilhões em 2025.
Antes de suspender em maio, previa entre R$ 37 bilhões e R$ 41 bilhões.
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