O investidor que olha para o mercado internacional nesta quinta-feira (12), vê os preços do petróleo operando em queda e as ações da Petrobras (PETR4), em alta — e a explicação para esse descompasso veio de Brasília.
As ações preferenciais PETR4 avançavam 1,64%, cotadas a R$ 31,55, por volta de 14h05, enquanto as ordinárias PETR3 subiam ainda mais: 2,07%, a R$ 34,04.
O mesmo não acontece, no entanto, com outras petroleiras nacionais, que sentem a queda de 0,36% do Brent — o petróleo usado como referência no mercado internacional.
A Prio (PRIO3) recuava 0,30%, a R$ 43,18, enquanto a PetroReconcavo (RECV3) baixava 0,72%, a R$ 15,12 — esta última também repercute a notícia da paralisação imediata de duas estações de produção no campo de Cassarongongo (Bahia), por determinação da agência reguladora.
No mesmo horário, o Ibovespa tinha uma alta tímida de 0,18%, aos 137.376,07 pontos.
O sinal que impulsiona as ações da Petrobras
Uma declaração do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, é a responsável pelo avanço das ações da Petrobras hoje.
Mais cedo, ele disse que buscará dividendos extraordinários nas estatais, o que incluiria a Petrobras — a medida é uma das estratégias apontadas pela base para o governo conseguir cumprir a meta fiscal de 2025.
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Os grandes bancos, no entanto, seguiam céticos sobre a possibilidade de a petroleira pagar proventos extras aos acionistas neste ano.
Em relatórios publicados nos últimos dias, Santander e Bank of America dizem que os baixos preços do petróleo devem impactar o caixa da companhia, prejudicando a distribuição de dividendos extraordinários.
Nas contas do Santander, a Petrobras deve pagar US$ 7,3 bilhões em dividendos ordinários neste ano, enquanto o BofA aponta para um dividend yield (retorno de dividendos) de 12,2% em 2025.
Os dois bancos deixaram de recomendar a compra das ações da Petrobras. Para entender os motivos, o Seu Dinheiro preparou um material em detalhes.
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