Petrobras (PETR4) volta a ser ação mais recomendada em agosto, mas outras duas estão na cola, segundo 18 analistas

Os pesos-pesados do Ibovespa (IBOV) foram eleitos, mais uma vez, as ações favoritas dos analistas para ter na carteira. A Petrobras (PETR4) assumiu a liderança do ranking para agosto, com 13 indicações, segundo levantamento do Money Times com 18 carteiras recomendadas.

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Itaú Unibanco (ITUB4) e Vale (VALE3) dividem o segundo lugar, com 12 recomendações cada.

• Para lembrar: os papéis da mineradora e da petroleira, combinados com o setor bancário, correspondem a 50% do desempenho do Ibovespa, dado o peso das companhias na composição do índice.

Julho foi marcado por volatilidade após o anúncio, pelos Estados Unidos, de uma tarifa de 50% sobre as exportações brasileiras. O investidor estrangeiro, que sustentou a bolsa de valores no primeiro semestre, retirou R$ 6 bilhões do país apenas no mês.

O cenário melhorou substancialmente após Donald Trump poupar cerca de metade dos produtos da tarifa majorada. Entre as isenções destacam-se celulose, madeira, petróleo e aviões que ficarão sujeitos a uma taxa de 10%. Já os produtos com alíquota de 50% incluem carne, café, bens industrializados, aço e alumínio — além dos carros, que já contavam com uma tarifa específica de 25%.

O principal risco, olhando à frente, está em ruídos diplomáticos adicionais, que podem atrasar a consolidação da tese que se formava em favor do Brasil.

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Petrobras assume a liderança

Desbancando o Itaú, as ações da Petrobras assumiram a liderança no ranking de favoritas para o mês de agosto.

A Empiricus Research destaca que a petroleira é uma forte geradora de fluxo de caixa livre e uma das maiores pagadoras de dividendos da bolsa. “Estimamos um dividend yield de 14% em 2025″, afirmam.

Os analistas explicam que, além de produzir um petróleo leve — de ótima qualidade e alto valor comercial —, a companhia conta com grandes reservas no pré-sal, cuja produtividade está entre as maiores do mundo. Isso se traduz em forte diluição de custos e um lifting cost (custo de extração) inferior a US$ 5 por barril.

“Não são muitas as empresas capazes de gerar caixa com o barril de petróleo a US$ 40, mas a Petrobras é uma delas, graças ao pré-sal”, dizem.

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Após o resultado do quarto trimestre do ano passado, o mercado penalizou as ações devido ao aumento dos investimentos, o que reduziu os proventos. No entanto, quase todo esse investimento foi direcionado à exploração e produção de petróleo e gás natural, com o objetivo de antecipar a produção.

“Esse é um ativo de qualidade única, com custos de extração baixos e alta produtividade, de modo que a antecipação da produção deveria ser positiva em termos de valor presente líquido”, acrescentam.

A expectativa agora se volta para os resultados do segundo trimestre deste ano. O banco Safra acredita que os números continuarão robustos no curto e médio prazo e que a Petrobras deve manter sua forte capacidade de distribuição de dividendos.

Os analistas ressaltam ainda que as ações da petroleira apresentam um valuation atrativo: “Vemos suas ações sendo negociadas com desconto em relação aos seus pares internacionais e à sua média histórica.”

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Por que investir em Itaú e Vale?

Para o Itaú, a análise é de que o banco volte a acelerar a concessão de empréstimos em segmentos específicos, principalmente agora que estabilizou a inadimplência da sua carteira de crédito. Quem diz isso é a Toro Investimentos.

Os analistas preveem que o NII (net interest income) crescerá dois dígitos, impulsionado pela melhoria dos spreads. Além disso, um novo ciclo de crédito normalmente resulta em um aumento das comissões bancárias.

Já em relação a Vale, a XP Investimentos vê um desconto de cerca de 30% das ações frente ao minério de ferro, implicando margem de segurança nos atuais níveis.

Em julho, VALE3 teve um desempenho positivo, refletindo o aumento de preços da commodity.

As 10 ações mais recomendadas para agosto