O Federal Reserve (Fed, o BC norte-americano) realiza todo ano um teste de estresse com os maiores bancos dos EUA. A ideia é saber até que ponto essas instituições financeiras resistem e continuam emprestando em um cenário de recessão severa e desemprego. Em 2025, os titãs de Wall Street se saíram bem.
Todos os 22 maiores bancos norte-americanos passaram na prova de fogo do Fed, que avaliou se eles eram capazes de absorver US$ 550 bilhões em perdas, mantendo a concessão de crédito.
Neste ano, o teste considerou uma recessão global severa, com desemprego nos EUA atingindo 10% e queda acumulada do Produto Interno Bruto (PIB) real de 7,8%. Vale lembrar que esse é um ambiente hipotético e não uma realidade.
Segundo o comunicado, o índice agregado de capital de melhor qualidade (CET1) caiu de 13,4% no fim de 2024 para um mínimo de 11,6% sob o cenário adverso, antes de se recuperar para 12,7% ao fim do horizonte de nove trimestres.
O Fed destacou que essa queda de 1,8 ponto porcentual é menor do que a observada em anos anteriores, em parte por “perdas menores com empréstimos e aumento mais significativo da receita operacional líquida antes de provisões (PPNR)”.
A lista de bancos que foram avaliados inclui: JPMorgan, Citigroup, Bank of America, Wells Fargo, Goldman Sachs e Morgan Stanley.
PERDEU, GANHOU, PERDEU…
Instituições estrangeiras com operações relevantes nos EUA também foram avaliadas. Neste grupo estão Barclays US, UBS Americas, Deutsche Bank USA, BMO e RBC USA.
Entre os destaques está a Charles Schwab Corporation, que conseguiu manter o maior índice de capital no cenário adverso, com 32,7%.
“As diferenças nos resultados entre os bancos refletem variações nas linhas de negócios, composição dos ativos e características de risco das carteiras”, disse o Fed em comunicado.
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