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Donald Trump deu um ultimato: as tarifas recíprocas entrariam em vigor nesta quarta-feira (9) depois da suspensão de 90 dias para negociações individuais com parceiros comerciais. O Dia da Libertação II não aconteceu hoje — voltou a ser adiado, agora para 1 de agosto — e se deve aos assessores do presidente norte-americano.
Pessoas familiarizadas com o assunto indicam que homens de confiança do governo norte-americano, incluindo o secretário do Tesouro, Scott Bessent, sinalizaram que essas negociações individuais estavam avançando na direção de acordos favoráveis aos EUA, mas que seria necessário mais tempo para que fossem fechados.
No fim de semana, Trump fez várias ligações telefônicas e manteve conversas privadas com aliados de seu clube de golfe em Bedminster, Nova Jersey, ainda segundo as fontes, para avaliar se deveria dar um novo prazo para a entrada em vigor das tarifas recíprocas.
Trump acabou sendo convencido a conceder um novo adiamento de olho na possibilidade de entendimentos com parceiros comerciais como Índia e União Europeia (UE).
O vaivém do republicano, no entanto, rendeu a ele uma nova expressão que tomou conta da imprensa internacional: Taco Trump. A sigla quer dizer Trump Always Chickens Out ou Trump Sempre Amarela, e vem sendo utilizada por analistas como sinônimo do vaivém nas tarifas.
As cartas de Trump
Poucos foram os acordos comerciais fechados até o momento. Reino Unido, China e Vietnã estão na lista dos países que conseguiram se entender individualmente com Trump.
No caso da China, o entendimento foi sobre as terras raras e o mercado acredita que esse acordo abre caminho para a pausa na guerra comercial entre as duas maiores economias do mundo.
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E, embora tenha adiado a entrada em vigor das tarifas recíprocas, Trump fez uma ofensiva comercial com o envio de cartas a 14 países, incluindo Japão e Coreia do Sul, com taxas de 25% a 40% — no que muitos analistas chamam de Dia da Libertação II.
E o Dia da Libertação III pode estar a caminho: Trump deve enviar entre 15 e 20 cartas adicionais nos próximos dias informando as tarifas às quais os países estarão sujeitos.
E ele não deve parar por aí: anunciou taxações ao cobre e mira também no setor farmacêutico.
*Com informações do The Wall Street Journal
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