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Turista danifica dois soldados do exército de terracota chinês

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Um turista de 30 anos danificou duas estátuas de Guerreiros de Xi’an do exército de terracota chinês. Parte da coleção do Mausoléu de Qin Shi Huang, as peças têm mais de 2.200 anos e datam de 209 a.C..

A informação é da Agence France Presse, segundo a qual um turista que visitava o sítio arqueológico pulou a grade de proteção e pulou para o Poço Nº 3 da atração, a 5,4 metros de profundidade, na última sexta-feira (30).

Segundo o comunicado da agência de segurança de Xi’an, onde o museu fica localizado, o homem “empurrou e puxou” diversas estátuas, causando “diversos graus de dano” a duas delas.

Ainda segundo o comunicado, o turista sofreria de “transtorno mental”. Imagens de câmera de segurança flagraram o autor do incidente desmaiado entre as estátuas. O caso, no entanto, segue sob investigação.

Turista danifica estátuas chinesas de terracota
Turista danifica estátuas chinesas de terracota

Segundo a AFP, a atração abriu normalmente já no sábado após o incidente.

Incidentes anteriores

Criado entre 210 e 209 a.C., o exército de terracota chinês é um conjunto de mais de oito mil esculturas soldados, além de centenas de carruagens com cavalos e soldados de cavalaria.

Acredita-se que o exército, descoberto por camponeses em 1974, foi criado para proteger Qin Shi Huang, o primeiro imperador do país, na vida após a morte.

Patrimônio Mundial da UNESCO desde 1987, ele também virou alvo de culto e até de obsessão. Essa, por exemplo, nem é a primeira vez que se vê tentativas de dano às estátuas.

O exército de terracota chinês
O exército de terracota chinês

Ainda em 2017, um homem embriagado quebrou e roubou o polegar de uma das estátuas em exposição no Franklin Museum, na Filadélfia, Estados Unidos. Por isso, o Conselho Municipal da cidade precisou mandar uma retratação oficial Centro de Promoção do Patrimônio Cultural da província de Shaanxi, que emprestava as peças.

Outro abalo sofrido pelo conjunto de esculturas foi o terremoto que abalou a China em 2008. Como resultado do evento, que aconteceu dia 12 de maio daquele ano, algumas das estátuas apresentaram danos nos braços e nas cabeças, com certa inclinação após o abalo, que chegou a 7,9 graus na escala Richter. Na época, o mausoléu chegou a ser fechado.

Exército itinerante

Mesmo com os riscos, no entanto, a gestão do Mausoléu continua a disponibilizar parte das peças para exposições mundo afora. A próxima começa ainda esse mês, dia 28 de junho, em Perth, na Austrália.

Na mostra, chamada Terracotta Warriors: Legacy of the First Emperor, o WA Museum Boola Bardip expõe 225 artefatos. Cerca de 40% das peças, aliás, são inéditas e vão deixar o país de origem pela primeira vez.

Considerada a “exposição mais ousada” jamais recebida pelo WA Museum, ela fica aberta ao público até fevereiro de 2026. Ingressos para a mostra saem a partir de 25 dólares australianos (aproximadamente R$ 91).

Com informações de ArtNews, The Guardian

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