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Um dos museus mais importantes da Itália vai limitar as selfies dos visitantes; mas por quê?

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Na atualidade, o maior desafio para ver uma obra de arte não é comprar o ingresso do museu, por mais concorrido que ele seja. É driblar os vários smartphones que tentam capturar a arte a todo custo, em detrimento dos espectadores humanos. A “Mona Lisa” que o diga. O museu do Louvre vai até criar uma sala e um ingresso separado para o quadro de da Vinci. 

Mas o custo de ter uma boa foto para postar, às vezes, é alto. 

Nesta segunda-feira (23), um turista danificou uma obra na Galleria degli Uffizi, em Florença, ao tirar uma selfie com o retrato “Ferdinando de’ Medici, Grão-Príncipe da Toscana”, do artista Anton Domenico Gabbiani.

O visitante tropeçou em uma plataforma construída justamente para manter uma distância segura entre o quadro e as pessoas, enquanto tirava uma foto em que imitava a posição do príncipe. 

A obra foi levemente danificada e encaminhada para reparos, enquanto o turista já foi acionado judicialmente pelo museu.

Diante do acontecimento, o diretor do museu florentino, Simone Verde, lançou um comunicado confirmando que restrições seriam impostas para selfies e fotos no espaço. 

“O problema de visitantes que vêm a museus para fazer memes ou tirar selfies para as redes sociais é crescente: vamos estabelecer limites muito precisos, prevenindo comportamentos que não são compatíveis com o propósito das nossas instituições e o respeito pelo patrimônio”, escreveu.

A Galleria degli Uffizi é o 19º museu mais visitado do mundo e o mais visitado da Itália depois dos museus do Vaticano, com cerca de 2,9 milhões de visitantes por ano, segundo dados de 2024 do The Art Newspaper. É lá que está a obra “O Nascimento de Vênus, de Sandro Botticelli, e a “Medusa”, de Caravaggio, além de ter algumas obras de Leonardo da Vinci.

No começo deste ano, outro museu italiano teve uma obra danificada, devido a um incidente com um visitante que posava para uma foto. 

No Palazzo Maffei, um homem tropeçou e caiu em cima da cadeira ornamentada do artista Nicola Bolla, ao fazer uma foto em que fingia estar sentando em cima do objeto. 

Na ocasião, a diretora do museu, Vanessa Carlon, declarou: “às vezes nós perdemos a cabeça para tirar uma foto e não pensamos nas consequências.” 

Vale lembrar que, há anos, a maioria dos museus europeus — e mundiais — proibiram o uso de “paus de selfie” pelo risco de dano que eles representavam às obras, além de serem incômodos para a experiência de visitação. 

* Com informações do The Art Newspaper e da BBC.

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