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Quando os termômetros sobem na Europa, os países do Mediterrâneo costumam ser os mais procurados pelos turistas que buscam férias badaladas. No entanto, desfrutar de destinos famosos como Grécia e Itália pode ter um custo alto, especialmente para o viajante brasileiro, que fica em desvantagem na conversão do real para o euro.
Para quem voa a partir do Brasil, a boa notícia é que existe um país vizinho da Grécia que tem preços muito mais convidativos. A Albânia tem se tornado uma das principais alternativas para quem quer curtir praias lindas – muitas vezes comparadas ao que se encontra nas ilhas Maldivas e Caribe – a preços muito mais acessíveis.

Preços explicam o hype
Principalmente depois da pandemia, a Albânia passou a fervilhar de turistas por causa do hype sustentado por suas belezas naturais e preços mais baixos. Trends sobre o país no TikTok e Instagram também ajudaram a impulsionar o destino entre turistas mais jovens.
O resultado é que um relatório do departamento de turismo local mostra que o número de turistas que chega ao país aumentou impressionantes 83% desde 2019, a maior taxa entre todos os países do velho continente no mesmo período.

Somente no ano passado, a Albânia recebeu 11,7 milhões de turistas, 16% a mais em comparação com os 10,1 milhões de viajantes registados em 2023. Quase 100% dos turistas são oriundos da própria Europa, têm entre 25 e 45 anos, e buscam praias e natureza.
Por não fazer parte da União Europeia, a moeda em circulação na Albânia é o lek albanês, uma das mais fracas do continente europeu. O real brasileiro, por exemplo, vale muito mais do que a moeda albanesa.
Para efeitos de comparação, R$ 1,00 é equivalente a mais ou menos 15 leks albanês na cotação atual*.
Além de a conversão dar vantagem a quem paga em real, a Albânia é mesmo especialmente barata quando comparada aos seus vizinhos do Mediterrâneo. Por lá, é possível almoçar em um restaurante típico por cerca de 1000 leks (R$ 64) e se hospedar em um hotel decente desembolsando a partir de 3000 leks (R$ 190) a diária.
Praias paradisíacas são o chamariz
A alta temporada na Albânia vai de meados de abril até setembro, e o que todos procuram são suas praias paradisíacas. Banhada pelo mar Adriático ao Norte e Jônico ao Sul, a costa tem faixas de areia para todos os gostos. Há praias desertas, mas também lugares com boa estrutura, hotéis de luxo e beach clubs que mimetizam Ibiza e St. Tropez.
Uma das praias mais famosas e procuradas é Ksamil, que costuma ficar lotada no verão. Conhecida como “pérola jônica”, essa praia tem areia fina e branquinha e um mar de água cristalina e tons turquesa, o que rende comparações com o Caribe. Além disso, tem uma estrutura ampla, com dezenas de bares, restaurantes e beach clubs.
Outras praias famosíssimas, e com as mesmas paisagens idílicas, são Durrës, Dhërmi e Saranda. Essa última é uma praia muito procurada por causa de sua proximidade com a ilha grega de Corfu, que pode ser acessada de balsa em menos de uma hora. Muitos turistas se hospedam lá e passam o dia na ilha da Grécia.
Os que preferem mais natureza e calmaria optam por Vlorë, que está situada em uma baía onde o mar Jônico encontra o mar Adriático. A região possui algumas das praias mais tranquilas e preservadas da costa albanesa, e o acesso às vezes é feito por trilhas.

De 0 a 11 milhões de turistas
Até os anos 1990, a Albânia vivia sob um regime ditatorial severo que perdurou durante toda a Guerra Fria. O país chegou a ser apelidado de “Coreia do Norte da Europa”, porque ninguém podia entrar ou deixar seu território.
Mesmo quando a ditadura acabou, a Albânia havia caído no esquecimento, e a presença de turistas era quase inexistente. A situação só começou a mudar na última década, com um esforço do governo, agora parlamentarista, em reformar suas cidades e criar infraestrutura nas praias.
O país, que ainda está sendo redescoberto, tem muito a oferecer, mas quem o visita dificilmente escapa de alguns perrengues, como por exemplo, a locomoção interna.

Via de regra, todas as praias da Albânia podem ser acessadas dos ônibus que partem da capital, Tirana, onde também fica o principal aeroporto onde os turistas chegam.
No entanto, ainda que seja possível explorar o país utilizando apenas ônibus, a missão não é simples. Os veículos normalmente são antigos e sucateados, e os atrasos são recorrentes. Para quem dirige, é altamente recomendável alugar um carro para explorar as cidades da riviera albanesa com mais liberdade. A vista vale muito a pena.
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