A Raízen (RAIZ4) deu mais um passo em seu processo de reestruturação nesta segunda-feira (26), com a aprovação da venda de um grupo de projetos de usinas solares distribuídas (GD) para o Patria Investimentos.
O consentimento foi divulgado hoje pela Superintendência Geral do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade), em despacho no Diário Oficial da União.
A Raízen Energia, joint venture entre Shell e Cosan, fechou a venda desses ativos para uma subsidiária controlada pelo Patria Infraestrutura Energia Core Fundo de Investimento em Participações em Infraestrutura (Patria Infra Core FIP).
Segundo os autos do processo, para a Pátria Infra Core FIP, a operação representa uma oportunidade de entrada no mercado de geração distribuída de energia elétrica do Brasil.
Na semana retrasada, a Raízen havia fechado a venda da usina de Leme para a Ferrari Agroindústria S.A e a Agromen Sementes Agrícolas Ltda por R$ 425 milhões.
Nesta segunda, as ações RAIZ4 lideravam as quedas do Ibovespa, com desvalorização de 5,14%, a R$ 2,03. No ano, o papel apresenta queda de 4,69%.
A reestruturação da Raízen
Com alto nível de endividamento e alta necessidade de capex (investimentos) para fazer o negócio girar, a Raízen passa por um processo de transformação para melhorar seus resultados — que têm deixado o mercado de orelha em pé nos últimos trimestres. A venda de ativos é um dos pilares desse movimento.
Segundo a companhia — que focou no crescimento e fez inúmeros M&As a partir de 2017 —, a prioridade agora é o core do negócio. Ou seja: a produção de açúcar, etanol e bioenergia, além da distribuição de combustíveis.
Outras iniciativas das mudanças lideradas pelo CEO Nelson Gomes, com o objetivo de recolocar a Raízen nos trilhos, incluem a significativa redução do capex e a maximização do valor da produção de etanol e açúcar, além da otimização da originação de combustíveis para sua rede de postos.
* Com informações de Estadão Conteúdo
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